Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto me ...

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Q1005014 História

Caía a tarde feito um viaduto

E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos

A lua, tal qual a dona de um bordel

Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel

E nuvens, lá no mata-borrão do céu

Chupavam manchas torturadas, que sufoco

Louco, o bêbado com chapéu coco

Fazia irreverências mil pra noite do Brasil, meu Brasil

Que sonha com a volta do irmão do Henfil

Com tanta gente que partiu num rabo-de-foguete

Chora a nossa pátria, mãe gentil

Choram Marias e Clarices no solo do Brasil

Mas sei, que uma dor assim pungente

Não há de ser inutilmente, a esperança

Dança na corda bamba de sombrinha

E em cada passo dessa linha pode se machucar

Azar, a esperança equilibrista

Sabe que o show de todo artista tem que continuar.

Aldir Blanc / João Bosco, O bêbado e a equilibrista.

© Universal Music Publishing Group.

Gravada em 1979, a música ficou conhecida como o “Hino da Anistia”. Considerando a letra acima citada e o contexto brasileiro de fins dos anos 1970, assinale a afirmativa correta.

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