No que se refere ao emprego dos pronomes no texto, ...
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Um absurdo está banca Examinadora causar todas, as vezes, polêmicas em suas provas, toda e qualquer gramática o "onde" é para referência a lugar. Ainda colocando que poderia ser possível sua substituição por "da qual", sendo que só pode nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.
Alternativa D:
A partícula “se”, em “se voltara” (linha 45), classifica-se como pronome apassivador.
Errada.
Comentário:
"Os hábitos da solidão e da taciturnidade a que se voltara o frade (...)"
Reescrita didática:
O frade se voltou aos hábitos da solidão e da taciturnidade.
O frade voltou a si mesmo aos hábitos da solidão e da taciturnidade.
Obs:
Pronome apassivador: só vem ligado a verbo que pede objeto direto
Exemplo: "Plastificam-se documentos nesta loja". Quem plastifica, plastifica algo (sem preposição).
Pronome reflexivo: equivale a si mesmo. E, ele pode exercer a função de objeto direto, objeto indireto e sujeito de infinitivo.
Exemplo:
"Julia vivia admirando-se no espelho" (objeto direito).
"Ele se dá o luxo de não trabalhar aos sábados" (objeto indireto).
"Sofia deixou-se estar à janela" (sujeito de um infinitivo).
Voltando ao texto:
"Os hábitos da solidão e da taciturnidade a que se voltara o frade (...)"
Quem se volta, se volta a (preposição) algo. O verbo é transitivo indireto. Logo, não poderia ser pronome apassivador.
Alternativa A: A forma pronominal “donde” (linha 8) poderia ser corretamente substituída por da qual. (CORRETA).
"Passava dias inteiros na sua cela, donde apenas saía (...)".
Donde = preposição "de" + o pronome relativo "onde".
Donde indica origem ou retorno.
Quem sai, sai DE ALGUM LUGAR.
Pronome relativo "onde"= "É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais. Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e donde para transmitir noções de movimento". (http://www.normaculta.com.br/pronomes-relativos/)
Como a preposição "de" é exigida pelo verbo "sair", ao substituir "onde" por "na qual", deve-se trocar a preposição "em" pela preposição "de" : "da qual".
Ex.: A cela, na qual frei habitava. A cela, da qual o frei saía.
Observa-se que a regência do verbo "sair", no contexto, não aceita a preposição "em". Quem sai, sai de algum lugar, e não em algum lugar.
"Passava dias inteiros na sua cela, da qual saía (...)". O frei saía da cela...
Alternativa B: O pronome “seu” (linha 35) retoma “irmão finado” (linha 34). (ERRADO)>
"Depois de feitas ao irmão finado (o frei que morreu) as honras que lhe deviam, a comunidade (de frades) perguntou ao seu chefe (abade)".
Abade, segundo o dicionário, é um superior de uma ordem religiosa. Logo, o Abade era o chefe da comunidade de frades.
Embora o abade também fosse o chefe do falecido frei, pelo contexto, a comunidade refere-se ao abade como se ele fosse apenas o chefe dessa comunidade.
Alternativa C: O emprego da ênclise, em “referiu-as” (linha 37) é obrigatório.(ERRADA).
“(...) a comunidade perguntou ao seu chefe que palavras ouvira tão sinistras que o assustaram. O abade referiu-as persignando-se”.
O emprego da ênclise em“referiu-as” é facultativo. Os casos obrigatórios de ênclise são esses:
1. Início de frase: “Referiu-as persignando-se o Abade”.
2. Com verbo no imperativo afirmativo: “Meninos, afastem-se das drogas”.
3. Com verbo no infinitivo impessoal (não flexionado): “É preciso afastar-se de pessoas desonestas”.
OBS: Se o infinitivo vier flexionado, precedido de preposição, haverá a próclise: “Foram punidos porme tratarem mal”.
OBS 2: Se o infinitivo vier precedido de palavra atrativa ou de preposição, o pronome poderá estar tanto proclítico quanto enclítico: “Saiu, para não me perturbar” (próclise); “Saiu,para não perturbar-me” (Ênclise).
4. Com verbo no gerúndio: “Saiu, deixando-nos em paz por alguns minutos”.
OBS: O verbo no gerúndio precedido de preposição em exige próclise: “Em se tratando de futebol, prefiro o brasileiro”.
Texto:
“(...) a comunidade perguntou ao seu chefe que palavras ouvira tão sinistras que o assustaram. O abade referiu-as persignando-se”.
Observa-se que, “referiu-as” não inicia a frase, o verbo “referir” não está no imperativo afirmativo nem no infinitivo impessoal, assim como não está no gerúndio. Logo, a ênclise é facultativa, até porque a próclise não será obrigatória, pois não existe palavra atrativa. Comisso o pronome poderá ficar proclítico ou enclítico:
“O abade as referiu persignando-se”
“O abade referiu-as persignando-se”
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