O verbo grifado que concorda com um sujeito composto está em:
Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’
Na maioria dos textos produzidos no universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais.
O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada.
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais.
Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.
Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso.
A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia.
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de impressionar os neófitos.
(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São Paulo, 24 de março de 2013. p. 7)
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(...) já figuravam entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismos (...)
Passando para a ORDEM DIRETA:
O uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismo (SUJEITO COMPOSTO) já figuravam (VERBO) entre as suas características
Gabarito: letra C)
Na verdade o gabarito é a letra C
Tomar cuidado com a diferença de SUJEITO COMPOSTO/ SUJEITO NO PLURAL
SUJEITO COMPOSTO: tem mais de um núcleo no sujeito
SUJEITO NO PLURAL: o sujeito esta no plural, e não tem, ncessariamente, mais de um núcleo.
GABARITO ''C''
Isso que dá não ler o texto
Nessa questão temos que voltar ao texto para achar a resposta. Alguns sujeitos não estão presentes nas alternativas.
a) ... mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas... (7° parágrafo). Não é sujeito composto.
b) Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. Não é sujeito composto.
c) Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje. GABARITO.
d) ...mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los... Não é sujeito composto.
e) Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Não é sujeito composto.
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