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Q2347777 Psicologia
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A Fenomenologia, criada por Husserl e expandida por Heidegger, foca na experiência vivida e na consciência. Baseia-se na "intencionalidade" e usa a "epoché" para acessar experiências puras, enfatizando a existência humana e o mundo imediato, enquanto considera interpretação e teoria como concepções menos importantes a serem exploradas. 
Alternativas

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Gabarito: E (Errado)

A questão aborda a Fenomenologia, uma corrente filosófica desenvolvida por Edmund Husserl e expandida por Martin Heidegger. Vamos detalhar cada um dos elementos mencionados na questão para entender o porquê da alternativa estar errada.

Fenomenologia: Esta abordagem filosófica e psicoterapêutica se concentra na experiência vivida (Erlebnis), na consciência e na maneira como os fenômenos aparecem para os indivíduos. A Fenomenologia busca descrever essas experiências de maneira direta e sem preconceitos.

Intencionalidade: Um conceito central na Fenomenologia de Husserl, a intencionalidade refere-se à característica da consciência de estar sempre direcionada a algo. Ou seja, a mente nunca é vazia, mas está sempre consciente de um objeto, uma ideia ou uma experiência.

Epoché: Outra noção fundamental, a epoché, ou suspensão do juízo, é o método de colocar entre parênteses todas as crenças e suposições sobre o mundo para acessar experiências puras. Este processo permite que o fenomenólogo examine os fenômenos como eles são percebidos diretamente.

No entanto, a questão afirma que a Fenomenologia considera a interpretação e a teoria como concepções menos importantes. Este é o ponto em que a proposição se torna incorreta.

Embora a Fenomenologia enfatize a descrição direta das experiências, não é correto dizer que interpretações e teorias são "menos importantes". Principalmente Heidegger, em sua obra "Ser e Tempo", introduz a ideia de que a interpretação e a compreensão são elementos centrais na experiência humana. Para Heidegger, a nossa existência (ou "ser-no-mundo") está intrinsecamente ligada à interpretação contínua do nosso mundo e das nossas experiências.

Conclusão: A alternativa está errada porque subestima a importância da interpretação e da teoria dentro da Fenomenologia, especialmente na perspectiva heideggeriana. A Fenomenologia não ignora a interpretação; ao contrário, ela a integra como parte essencial do processo de compreensão da experiência humana.

Espero que essa explicação tenha ajudado a esclarecer o tema! Se tiver mais dúvidas ou precisar revisar outros conteúdos, estarei aqui para ajudar.

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Comentários

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Em Husserl, é pela intencionalidade que a consciência está sempre passando continuamente do fenômeno para a fenomenologia. Há uma distinção entre fenômeno e fenomenologia e a intencionalidade lhe serve de ponte de ligação e passagem. Sem consciência intencional não se dá fenomenologia. Em Heidegger, o fenômeno já é sempre esta passagem e somente por isso se dá consciência e acontece intencionalidade. Pensar não é uma função tética de uma consciência transcendental. Pensar é acompanhar as peripécias, as vicissitudes e os percalços desta ininterrupta passagem. Para Husserl, pensar é exercer e exercitar a fenomenologia da consciência. Já para Heidegger, pensar consiste em encontrar-se no Dasein com o Dasein, com a Pre-sença na fenomenologia de todo e em todo fenômeno.

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