Atente para o que se afirma abaixo: I. impressionar os neóf...

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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão |
Q873225 Português

                Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’


      Na maioria dos textos produzidos no universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais.

      O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada.

      Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais.

      Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.

      Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso.

      A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia.

      Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de impressionar os neófitos.

(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São Paulo, 24 de março de 2013. p. 7) 

Atente para o que se afirma abaixo:


I. impressionar os neófitos. (7° parágrafo)

Substituindo-se o segmento grifado acima por um pronome, o resultado correto será: "impressioná-los".


II. o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los... (7°  parágrafo)

O pronome “los” refere-se a "jargões".


III. o que lhes confere um ar postiço e hermético... (5° parágrafo)

O pronome “lhes” refere-se a "expressões".


Está correto o que se afirma APENAS em 

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Resposta D

III. ERRADA. O "lhes" refere-se a "jargões".

Resposta D é certa - Pois a III - Diz que Lhes refere-se a jargões porém o pronome Lhes só refere-se a pessoas ! 

Fiquei em dúvida quanto ao item I:

I. impressionar os neófitos. (7° parágrafo)

Substituindo-se o segmento grifado acima por um pronome, o resultado correto será: "impressioná-los".

Tive a impressão que a omissão da palavra neófitos, alteraria o sentido do texto.

Após ler o comentário da Cristiano, também tive a impressão que a "exclusão" da palavra neófitos altera o sentido, visto que não foi citada anteriormente.

Porém, acertei a questão, pois já está no automático observar apenas a transitividade verbal nesses casos da FCC, fica a dica.

Letra D

Observe que em nenhum momento a banca pede para analisarmos o sentido do texto, ela só está preocupada com as regras de colocação pronominal, se foram atendidas ou não.

I. impressionar os neófitos. (7° parágrafo)

Substituindo-se o segmento grifado acima por um pronome, o resultado correto será: "impressioná-los".

Verbo terminado em R -> logo usa-se : lo, la, los, las.

II. o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los... (7° parágrafo)

O pronome “los” refere-se a "jargões".

Cultivar o que? os jargões.

III. o que lhes confere um ar postiço e hermético... (5° parágrafo)

O pronome “lhes” refere-se a "expressões".

Quem confere, confere alguma coisa a alguém(confere a eles/aos jargões), refere-se a "jargões" e não a "expressões".

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