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Q1123265 Direito Sanitário
O Ministério da Saúde, lançou em 2003 a Política Nacional de Humanização ou HumanizaSUS. Para a Política Nacional de Humanização, no campo da saúde, humanização diz respeito a uma aposta:
Alternativas

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Para resolver essa questão sobre a Política Nacional de Humanização, é importante compreender que ela faz parte das diretrizes do Ministério da Saúde, lançada em 2003 sob o nome de HumanizaSUS. O foco dessa política é melhorar a qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), priorizando a dignidade e o respeito ao paciente.

A questão pede para identificar a aposta central dessa política no campo da saúde. Vamos analisar as alternativas:

A - ético-estético-política.

Esta é a alternativa correta. A Política Nacional de Humanização aposta na tríade ético-estético-política, que busca promover a inclusão dos profissionais e usuários do SUS em um processo de cuidado mais humano. A ideia é integrar valores éticos, estéticos e políticos na prática da saúde, fomentando um ambiente de cuidado mais acolhedor e participativo.

B - ético-filosófica-política.

Esta alternativa está incorreta porque, apesar de abordar aspectos éticos e políticos, ela substitui o componente "estético" por "filosófico". A política enfatiza o cuidado e a humanização como um processo estético, onde a forma de cuidar e a interação humana são fundamentais.

C - ético-estético-filosófica.

Embora mencione o componente "estético", esta alternativa está incorreta porque não inclui a dimensão "política", que é essencial na proposta de humanização do SUS, pois integra os aspectos de gestão participativa e a democratização das relações de poder no ambiente de saúde.

D - visão-estético-política.

Esta alternativa está incorreta porque substitui o componente "ético" por "visão". A dimensão ética é fundamental, pois trata dos valores e princípios que orientam as ações de humanização no SUS.

E - ético-comportamental-política.

Embora mencione a dimensão "política", esta alternativa está incorreta porque substitui o componente "estético" por "comportamental". A estética do cuidado é uma parte crucial da política, moldando a forma como os serviços de saúde são prestados, com um foco na experiência do usuário.

Para evitar pegadinhas, é essencial entender que a Política Nacional de Humanização não é apenas sobre o comportamento individual ou a filosofia, mas sobre a integração de práticas éticas, estéticas e políticas que transformam o cuidado em saúde.

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A humanização é descrita, no campo da saúde, como uma aposta ético-estético-política. É uma aposta ética porque envolve a atitude de usuários, gestores e profissionais de saúde comprometidos e co-responsáveis. É estética porque se refere ao processo de produção da saúde e de subjetividades autônomas e protagonistas. E é política porque está associada à organização social e institucional das práticas de atenção e gestão na rede do SUS. 

FONTE: pensesus.fiocruz.br

A constituição de uma clínica ética-estética-política busca romper com a padronização das práticas e parte do princípio da criação de intervenções a partir das singularidades dos indivíduos (PASSOS; BARROS, 2000).

A dimensão estética aposta na invenção de percursos, modos de fazer, produzindo novas formas de subjetivação e realidades, em um compromisso com o movimento contínuo, com o fluxo criativo. A vida é entendida como "obra de arte", aberta para a reinvenção do ser, do estar e do sentir, a partir de modos mais efetivos de produzir saúde.

A dimensão política, segundo Rolnik, está focada na luta contra as forças que obstruem, em nós, as possibilidades do devir. Ela prevê a constituição de um "campo de intervenção", para o qual os sujeitos devem se voltar, a fim de problematizar e criticar a realidade. Para a PNH, esta dimensão é vislumbrada nas relações de poder e na democratização institucional, a partir da aposta no protagonismo dos diferentes sujeitos.

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