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Q227700 Fisioterapia
Em um paciente com amputação de Lisfranc, os músculos que devem ser alongados como medida de prevenção de encurtamento por desequilíbrio muscular, normalmente provocado por esse nível de amputação, são
Alternativas

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A alternativa correta é a C - gastrocnêmio e solear.

Vamos entender o porquê dessa escolha e como as demais alternativas se relacionam com o tema:

A amputação de Lisfranc é uma cirurgia realizada na articulação tarsometatarsal do pé. Esse tipo de amputação pode levar a um desequilíbrio muscular, especialmente porque há uma alteração na dinâmica de carga e na função muscular do segmento restante do membro inferior.

Justificativa para a alternativa C: O gastrocnêmio e o solear são músculos da panturrilha que formam o tríceps sural. Eles têm a função de flexionar plantarmente o tornozelo. Com a amputação de Lisfranc, pode haver um encurtamento desses músculos, uma vez que a perda do antepé altera a distribuição das forças durante a marcha, levando a um uso excessivo do tríceps sural. Logo, é importante que esses músculos sejam alongados para prevenir o encurtamento e manter a amplitude de movimento adequada.

Análise das alternativas incorretas:

A - Extensor longo e curto dos dedos: Esses músculos são responsáveis pela extensão dos dedos e a dorsiflexão do pé. Um encurtamento deles não é uma preocupação típica em uma amputação de Lisfranc, já que a função extensora não tem um sobreuso que cause encurtamento significativo.

B - Tibial anterior e extensor longo dos dedos: Embora o tibial anterior seja importante para a dorsiflexão do pé, ele geralmente não sofre encurtamento significativo após uma amputação de Lisfranc. O foco, nesse caso, deve ser mais nos músculos que realizam a flexão plantar, como o gastrocnêmio e o solear.

D - Plantar e tibial anterior: O músculo plantar não tem uma contribuição significativa para o movimento do tornozelo, e o tibial anterior, como mencionado, não sofre grande risco de encurtamento nesse tipo de amputação.

E - Fibulares e tibial anterior: Os músculos fibulares são mais envolvidos na eversão do pé. Embora sejam importantes para a estabilidade lateral, não são os principais a serem alongados para prevenir encurtamento após a amputação de Lisfranc.

Espero que esta explicação tenha esclarecido suas dúvidas sobre o tema! Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

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RESPOSTA LETRA "C"

A amputação de Lisfranc é a desarticulação entre metatarsos e os ossos cubóide e cuneiforme. Pode ocorrer deformidade em flexão plantar.

tendência a deformidade em varo e flexão plantar dificuldade de protetização limita a descarga distal total revisões cirúrgicas. Opção: reinserção dos músculos dorsiflexores nos ossos do tarso prevenindo a deformidade + sutura dorso do pé.

A operação de Lisfranc resulta na perda significativa do comprimento da parte anterior do pé; portanto, é importante preservar as inserções tendinosas dos músculos fibular curto, fibular longo e tibial anterior, para manter o equilíbrio muscular do pé residual.

Este nível de amputação representa uma perda significativa do comprimento da parte anterior do pé, com redução proporcional da função de andar com os pés descalços. Para recuperar a função da marcha no final da fase ativa, é necessário acrescentar uma prótese ou órtese de tornozelo fixa muito bem adaptada que em seguida , é introduzida no calçado com solado basculante rígido.

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