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O LUGAR DO OUTRO
Os pronomes poupam muito trabalho. Eles nos libertam da inconveniência de fazer referência às mesmas coisas em seguida, o que evita a poluição de nomes iguais no mesmo texto. Tradicionalmente, são considerados substitutos do substantivo, termos com a função de nome, um adjetivo ou uma oração (o prefixo pro- significa, entre outros sentidos, "em lugar de"). Mais do que isso, por conta disso, são agentes de organização do discurso. Garantem, de quebra, o tom do discurso, que pode variar do coloquial ao formal ou do pessoal ao impessoal dependendo do gênero, da situação comunicativa e da intenção do falante. [...]
No Brasil, os pronomes complementos clíticos, em particular os de 3ª pessoa (o, a, os, as) têm sido preteridos em favor do sintagma nominal pleno ou até pelo pronome sujeito correspondente (o "ele" acusativo), como em "Eu vi ele". Há até a eliminação do pronome complemento, por pura esquiva de ser pego no erro (a pessoa redige "Seu advogado estava no fórum" e, logo depois, na incerteza se o correto é "Eu o vi" ou "Eu lhe vi", escreve "Eu vi seu advogado no lugar", repetindo a palavra "advogado" em frases sucessivas).
Os pronomes são, assim, mais escorregadios do que parecem.
(PEREIRA JÚNIOR, L. C. O lugar do outro. Adaptado.Disponível em: http://revistalingua.com.br/textos/67/artigo249105-1.asp)
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