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Q2542015 Odontologia
Um paciente com transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) chega ao consultório odontológico acompanhado de seu responsável. Durante a consulta inicial, o dentista observa que o paciente parece agitado e inquieto, e relata que tem dificuldade em permanecer sentado por longos períodos de tempo. O que o dentista deve considerar ao planejar o manejo odontológico desse paciente? 
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Olá, querido estudante! Vamos discutir a questão sobre o manejo odontológico de pacientes com transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Alternativa correta: C - Adaptar o ambiente clínico para reduzir estímulos sensoriais e proporcionar um ambiente tranquilo e acolhedor.

Para resolver essa questão, é importante ter um conhecimento básico sobre as características e necessidades específicas de pacientes com TEA e TDAH. Esses transtornos frequentemente resultam em uma maior sensibilidade a estímulos sensoriais e dificuldade em manter a atenção por períodos prolongados.

No manejo odontológico desses pacientes, o profissional deve adaptar o ambiente clínico para minimizar estímulos que possam causar desconforto ou agitação. Isso inclui reduzir ruídos, luzes intensas e odores fortes, criando um ambiente mais tranquilo e acolhedor. Essa abordagem facilita uma experiência mais positiva e menos estressante para o paciente.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas são incorretas:

A - Prescrever medicação sedativa para acalmar o paciente durante o tratamento.

A prescrição de medicação sedativa deve ser cuidadosamente considerada. Em muitos casos, pode não ser a melhor abordagem inicial, pois envolve riscos e deve ser avaliada caso a caso por um médico. Além disso, não trata a causa do comportamento, apenas suprime os sintomas temporariamente.

B - Utilizar contenção física para evitar movimentos bruscos durante os procedimentos odontológicos.

O uso de contenção física pode ser traumático e aumentar a ansiedade do paciente. É uma prática que deve ser evitada sempre que possível, pois pode levar a uma experiência negativa e ao desenvolvimento de fobia ao tratamento odontológico.

D - Realizar o tratamento em uma única sessão para minimizar o tempo que o paciente precisa permanecer na cadeira odontológica.

Realizar todo o tratamento em uma única sessão pode ser exaustivo para o paciente e impraticável. Dividir o tratamento em sessões mais curtas e frequentes é geralmente mais eficaz para lidar com a incapacidade de permanecer sentado por longos períodos.

E - Solicitar ao responsável que mantenha o paciente sob controle durante o tratamento.

Delegar essa responsabilidade ao responsável não é adequado, pois o manejo do comportamento do paciente deve ser realizado pelo profissional de saúde com técnicas específicas e adaptadas. O responsável pode ajudar, mas não deve ser o principal agente de controle durante o tratamento.

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Comentários

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A questão aborda o manejo odontológico de um paciente com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Essas condições podem causar agitação e dificuldade em permanecer em uma mesma posição por muito tempo, o que requer uma abordagem específica e cuidadosa do dentista. A alternativa correta é a C, que propõe adaptar o ambiente clínico para reduzir estímulos sensoriais e proporcionar um ambiente tranquilo e acolhedor. Essa abordagem é eficaz porque pacientes com TEA frequentemente são sensíveis a estímulos sensoriais, como luzes fortes e sons altos, que podem aumentar a ansiedade e a inquietação. Ao criar um ambiente mais calmo e controlado, o dentista pode ajudar o paciente a se sentir mais seguro e confortável, facilitando os procedimentos odontológicos. Essa estratégia é preferível às opções que envolvem sedação ou contenção física, que podem ser traumáticas, e ao tratamento em uma única sessão, o que pode ser exaustivo para o paciente. Além disso, responsabilizar o acompanhante para conter o paciente não é adequado, pois o manejo deve ser uma colaboração entre o dentista e o paciente, com suporte do acompanhante quando necessário.

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