No longo-prazo, o custo total equivale a 2Y.

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Q2113590 Economia
Considere uma economia com a função de produção do tipo Cobb-Douglas Y = K0,5·L0,5, em que Y é a produção, K é o estoque de capital e L é a quantidade de trabalho. Considere, ainda, que o preço do insumo trabalho seja o dobro do insumo capital, o qual é normalizado para o valor unitário, e que o orçamento da firma seja de 4 unidades monetárias. 
No longo-prazo, o custo total equivale a 2Y.
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Fala pessoal! Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre Teoria da Produção. 

A questão nos deu a função Cobb-Douglas Y= K0,5L0,5

Além disso, precisamos lembrar que a função Custo Total é dada por: CT = r.K + w.L

onde r é o custo do capital, K é a quantidade de capital, w é o custo do trabalho e L é a quantidade de trabalho.

Por fim, a questão nos disse que r = 1 (ao afirmar que o preço do capital é normalizado para o valor unitário). Bom, se r = 1, w = 2, já que o enunciado afirmou que o preço do trabalho é o dobro do preço do capital (w = 2r, ou seja, w = 2.1 = 2).

Como a questão pede o Custo Marginal (Cmg) de longo-prazo, teremos ambos os insumos variáveis. No longo prazo, a condição de minimização de custo da firma é:

PMgL / PMgK = w / r   

Onde PMgL é a produtividade marginal do trabalho e PMgK é a produtividade marginal do Capital. Como já temos w e r, precisamos descobrir as duas produtividades marginais.

Vamos começar descobrindo a PMgL, derivando a função produção em relação ao trabalho.

Y= K0,5L0,5

Ao derivarmos a função acima em relação a L, consideramos o K0,5 como se fosse uma constante. Aplicando a "regra do tombo", o expoente de L passará a multiplicar toda a equação e, além disso, diminuiremos 1 unidade do expoente de L.


Assim:

dY/dL = K0,5.0,5.L0,5-1

dY/dL = 0,5. K0,5 L-0,5

Assim:
PMgL = 0,5. K0,5 L-0,5

Agora, a PMgK, que aplicando também a regra do tombo, será:

PMgK = 0,5. K-0,5 L0,5


Substituindo tudo na condição de minização de custo:

PMgL / PMgK = w / r  

(0,5. K0,5 L-0,5) / (0,5. K-0,5 L0,5) = 2/1

(0,5. K0,5 L-0,5) / (0,5. K-0,5 L0,5) = 2


Do lado esquerdo da equação, cortando o 0,5 que multiplica em cima com o 0,5 que multiplica embaixo, temos:

(K0,5 L-0,5) / (K-0,5 L0,5) = 2



Ainda do lado esquerdo da equação, temos divisão de potências de mesma base. Quando isso ocorre, mantemos a base mas subtraímos os expoentes.

O K ficará assim:

K0,5/K-0,5

Nesse caso, mantemos a base e subtrairmos os expoentes. Assim:

K0,5-(-0,5) = K0,5+0,5 = K1


Aplicando a mesma propriedade de potência para o L, o L ficará assim:

L-0,5/L0,5

L-0,5-(0,5) = L-0,5-0,5 = L-1

Portanto:

(K0,5 L-0,5) / (K-0,5 L0,5) = 2


é igual a:

K.L-1 = 2


Como todo número elevado a menos 1 é igual a ele próprio dividindo:

K/L = 2

K = 2L


Agora que temos o valor de K, podemos substituí-lo na função Cobb-Douglas:

Y= K0,5L0,5

Fazendo K = 2L:

Y = (2L)0,5.L.0,5
Y = 20.5.L.0,5.L0,5
Y = 20.5.L
L = Y/20.5

Substituindo tudo no CT da firma:

CT = rK + wL
CT = 1K + 2L
CT = 1(2L) + 2L
CT = 2L + 2L
CT = 4L

Substituindo L = Y/20.5, temos:
CT = 4(Y/20.5)
CT = 4Y/20.5

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Comentários

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No longo prazo, a firma estará operando com a sua capacidade máxima de produção, utilizando a quantidade ótima de capital e trabalho.

Assim, a produção será dada por:

Y = K^0,5·L^0,5

Y = (1)0,5·L^0,5

Y = L^0,5

O custo total da firma será dado por:

CT = wL + rK

CT = 2wL

CT = 2(Y/L)L

CT = 2Y

GABARITO: CERTO

Conferi de múltiplas formas: CT = 2(2)^(1/2)Y

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