No que se refere ao estado de mal epiléptico, pode-se afirma...

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Q2405487 Medicina
No que se refere ao estado de mal epiléptico, pode-se afirmar que
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A questão abordada refere-se ao estado de mal epiléptico (EME), que é uma emergência neurológica caracterizada por convulsões prolongadas ou repetitivas, sem recuperação da consciência entre elas. A alternativa A está correta e afirma que o estado de mal epiléptico convulsivo é mais frequentemente observado em pacientes em estado crítico, com sepse grave, insultos neurológicos agudos ou após parada cardíaca. Isso ocorre porque essas condições podem causar ou exacerbar desequilíbrios neuroquímicos e elétricos no cérebro, desencadeando atividade epiléptica ininterrupta. As demais alternativas possuem erros ou informações incompletas: a alternativa B está incorreta porque o midazolam e o propofol são medicamentos comumente usados, porém não como terceira linha, mas sim como segunda linha ou em casos de estado de mal epiléptico refratário, após falha dos medicamentos de primeira linha. A alternativa C está incorreta porque define incorretamente o estado de mal epiléptico; o convulsivo é atualmente definido como uma crise convulsiva que dura mais de cinco minutos ou duas ou mais convulsões entre as quais o paciente não retorna ao estado de consciência basal. Por fim, a alternativa D está incorreta porque, embora o lorazepam e o diazepam sejam medicamentos de primeira linha, o midazolam é frequentemente utilizado na ausência de acesso intravenoso, e o levetiracetam ainda não é considerado um medicamento de primeira linha para o tratamento inicial do EME, embora seja uma opção terapêutica adicional.

⚕️QUESTÃO SOBRE ESTADO DE MAL EPILÉPTICO

ALTERNATIVA CORRETA: **[A] O convulsivo é observado, com mais frequência, em pacientes em estado crítico, pacientes com sepse grave, insultos neurológicos agudos ou pacientes após parada cardíaca.**

✏️**JUSTIFICATIVA.**

O estado de mal epiléptico (EME) é uma condição médica grave que ocorre quando uma crise convulsiva dura mais de 5 minutos ou quando há uma série de crises convulsivas sem recuperação entre elas. Este evento é particularmente comum em pacientes em estado crítico, como aqueles com sepse grave, insultos neurológicos agudos (exemplo: acidente vascular cerebral - AVC), e em pacientes após parada cardíaca. Nessas situações, o estado de mal epiléptico pode ser desencadeado por uma combinação de fatores, incluindo desbalanceamento metabólico, hipóxia, alterações no sistema nervoso central e outras condições adversas que afetam a homeostase corporal. O tratamento precoce e adequado é crucial para evitar complicações, como lesões cerebrais irreversíveis. As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre os tratamentos e definições.

⚠️ANÁLISE DAS DEMAIS ALTERNATIVAS

❌ **[B] O midazolam e o propofol em gotejamento constituem as terapias mais comumente utilizadas como 3ª linha de tratamento, em casos refratários de mal epiléptico.**

O tratamento do estado de mal epiléptico refratário geralmente começa com medicações de primeira e segunda linha, como lorazepam ou diazepam para controle imediato, seguidos por fenitoína ou valproato de sódio em doses intravenosas. Midazolam e propofol podem ser utilizados em casos refratários, mas eles não fazem parte da terceira linha, e sim da segunda linha. Propofol, por exemplo, é utilizado em ambiente hospitalar com monitoramento, dado seu efeito sedativo potente. O uso como terceira linha é inadequado.

❌ **[C] O convulsivo pode ser definido como uma única crise convulsiva de pelo menos 30 minutos de duração ou uma série de crises convulsivas.**

O estado de mal epiléptico não se refere a uma única crise de 30 minutos, mas sim a uma crise contínua ou uma série de crises, com duração superior a 5 minutos, sem recuperação completa da consciência entre elas. Uma crise de 30 minutos de duração é excessivamente longa para ser considerada apenas uma crise única. As crises devem ser tratadas rapidamente para evitar danos cerebrais permanentes. Portanto, a definição está incorreta.

❌ **[D] Lorazepam, midazolam, levetiracetam e diazepam constituem a lista de medicações de primeira linha para o tratamento da patologia em questão.**

Embora lorazepam e diazepam estejam entre as opções de primeira linha para o tratamento do estado de mal epiléptico, levetiracetam não faz parte dessa lista. O tratamento inicial geralmente começa com benzodiazepínicos como lorazepam ou diazepam, seguidos por fenitoína ou valproato de sódio.

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