No caso clínico descrito, a paciente não pode ser diagnosti...

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Q1685660 Psiquiatria
Uma paciente de 36 anos de idade é levada desacordada à emergência do hospital pelo marido. Ela havia tentado suicídio com uso de medicações e álcool. Foram realizados lavagem gástrica e controle dos sinais vitais, que se mantinham estáveis. A paciente acordou depois de duas horas e referiu que é usuária frequente de álcool e cocaína, e eventualmente, quando não encontra a cocaína em pó, fuma crack. O marido não sabe do seu uso de cocaína. Ela sente-se constantemente muito triste e, por isso, decidiu tentar suicídio.


Está em tratamento psiquiátrico e psicoterápico, mas sem melhora dos sintomas. Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
No caso clínico descrito, a paciente não pode ser diagnosticada como portadora de síndrome maníaca, pois não apresenta nenhum dos dois sintomas que constituem sua base: a euforia ou alegria patológica e a elação.
Alternativas

Comentários

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A afirmativa está CERTA.

Justificativa:

A síndrome maníaca é caracterizada por um estado de euforia ou irritabilidade intensa, acompanhado de aumento da energia, atividade e autoestima. A paciente descrita apresenta um quadro de depressão, com sentimento de tristeza constante e tentativa de suicídio. Esses sintomas são o oposto da mania.

Por que a afirmativa está correta?

  • Sintomas opostos: A mania é caracterizada por euforia e energia exacerbada, enquanto a paciente apresenta tristeza e desânimo.
  • Tentativa de suicídio: A tentativa de suicídio é um sintoma clássico da depressão, não da mania.
  • Ausência de sintomas maníacos: A paciente não apresenta sintomas como:
  • Aumento da autoestima
  • Fala acelerada
  • Ideias grandiosas
  • Diminuição da necessidade de sono
  • Agitação psicomotora

Conclusão:

A paciente apresenta um quadro depressivo, com uso abusivo de substâncias e história de tentativas de suicídio. Não há evidências clínicas para o diagnóstico de síndrome maníaca. É importante ressaltar que a comorbidade entre transtornos do humor e o uso de substâncias é comum e pode dificultar o diagnóstico e o tratamento.

É fundamental que a paciente continue recebendo tratamento psiquiátrico e psicoterápico, com ajustes na medicação e nas estratégias terapêuticas, visando à remissão dos sintomas depressivos e o tratamento da dependência química.

Outros pontos a serem considerados:

  • Comorbidade: A comorbidade entre transtornos do humor e o uso de substâncias é comum e pode dificultar o tratamento.
  • Necessidade de avaliação completa: É importante realizar uma avaliação completa da paciente, incluindo anamnese detalhada, exame físico e exames complementares, para identificar outras possíveis comorbidades e orientar o tratamento.
  • Tratamento multidisciplinar: O tratamento da depressão e da dependência química deve ser multidisciplinar, envolvendo psiquiatra, psicólogo e outros profissionais da saúde.

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