No uso dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina...

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Q1685674 Psiquiatria
Um professor de 43 anos de idade procura por atendimento, pois sente-se muito limitado pelo medo e pela ansiedade. Não anda mais de ônibus, não pega elevador, não consegue ficar em lugares que não tenham a possibilidade de “escapar” com facilidade. Qualquer lugar fechado ou com muitas pessoas lhe deixa com os “nervos à flor da pele”. Sente taquicardia, sudorese, escurece a visão, tem a sensação de que vai desmaiar ou perder o controle. Sair de casa provoca-lhe muito sofrimento. Não dorme no escuro e tem constantes sensações de sufocamento; por isso, dorme seminu e não bebe água em copo, somente em garrafa, porque teme asfixia. Essa situação iniciou-se há dois anos e vem crescendo. Tem faltado ao trabalho e evita o contato social com amigos e familiares. Procurou atendimento médico muitas vezes, pois acreditava que estava sofrendo um “ataque cardíaco”, porém nada era diagnosticado, até ser encaminhado para atendimento psiquiátrico. “Eu não aguento mais essa situação. É difícil convencer-me de que não tenho nada no coração, mas sei que isso é verdade”, diz o paciente.


Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
No uso dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) para o tratamento do referido paciente, as doses efetivas recomendadas são maiores do que as utilizadas para o tratamento da depressão.
Alternativas

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Alternativa correta: E - errado

O tema central desta questão envolve o uso de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) no tratamento de transtornos de ansiedade, especificamente relacionado ao quadro clínico apresentado pelo paciente descrito no texto de apoio.

Para resolver essa questão, é importante entender como os ISRS são utilizados no tratamento de transtornos de ansiedade e depressão. Os ISRS são uma classe de medicamentos amplamente usados para tratar ambos os transtornos, mas há particularidades em termos de doses e protocolos de tratamento.

Justificando a alternativa correta:

A afirmativa avaliada como "errada" diz respeito à dosagem dos ISRS para transtornos de ansiedade em relação à depressão. Na prática clínica, as doses efetivas dos ISRS para transtornos de ansiedade (como transtornos de pânico ou transtorno de ansiedade generalizada) não são necessariamente maiores que as usadas para a depressão. Geralmente, as doses para ansiedade começam iguais ou até mesmo menores para evitar efeitos colaterais iniciais, como aumento da ansiedade nos primeiros dias de uso. Portanto, a afirmação de que as doses para ansiedade são maiores é incorreta.

Por que a alternativa "C - certo" está incorreta:

A alternativa "C" estaria correta apenas se, na prática, fosse uma recomendação padrão iniciar ou manter doses maiores de ISRS para transtornos de ansiedade em comparação com a depressão, o que não é o caso. Como já explicado, as doses não são consistentemente maiores para transtornos de ansiedade, logo, a afirmação não procede.

Concluindo, a resposta correta é "E - errado" porque não há diretriz médica padrão que recomende doses maiores de ISRS para ansiedade do que para depressão. Essa informação pode ajudar a esclarecer qualquer confusão sobre o manejo de doses desses medicamentos entre os diferentes transtornos que eles tratam.

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