Na mesma linha da questão anterior, mas considerando as for...
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Ano: 2019
Banca:
IBADE
Órgão:
Prefeitura de Vitória - ES
Prova:
IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – Língua Portuguesa |
Q1650350
Português
Texto associado
Leia o TEXTO 1 para responder à questão.
Estrutura da oração
O estudo da análise sintática é um dos pontos
fundamentais na formação de quem se pretende um
usuário competente de sua língua. Duas das habilidades
principais de pessoa culta repousam nas atividades de ler e
de escrever, ações que podem caracterizar não só nossas
carreiras profissionais, mas também nossa vida como
cidadãos.
Ler ou escrever um texto é muito mais do que apenas
compreender ou organizar palavras em frases e
parágrafos. É algo que envolve um amplo mecanismo a
partir do qual o pensamento e as pretensões
comunicativas do autor se apresentam para reflexão e
avaliação do leitor. Como se constroem esses textos? Com
palavras, sintagmas, termos e orações — elementos que
mantêm entre si um relacionamento interno de
concordância, de regência, de atribuição.
A análise sintática é a análise das relações. Na estrutura da
oração, estudamos as relações que as palavras mantêm
entre si na frase. Essas relações são binárias: sujeito &
verbo; verbo & complemento; núcleo & adjunto... A
tradicional prática de exercícios voltados para o
reconhecimento da função sintática de um termo nem
sempre garante o real objetivo de sua aplicação. Não se
pode dizer qual é a função sintática de um termo se não se
encontrar o outro termo com o qual ele se relaciona. Ou
seja, não se pode reconhecer que existe um objeto direto
sem apresentar a "prova" (o verbo transitivo direto); não
se pode afirmar que determinado termo é o agente da
passiva sem que seu "parceiro" sintático seja revelado (o
verbo na voz passiva). E assim sucessivamente com todos
os termos da oração, pois cada um deles só tem a
classificação que tem porque possui uma relação com
outro termo — e cada uma dessas relações é única, e por
isso são dez os termos da oração (onze se contarmos com
o vocativo).
A sintaxe tem duas parceiras especiais. Uma é a semântica,
a ciência do significado. Afinal o entendimento de uma
frase depende da sua estrutura e das sutilezas que
envolvem a construção do sentido. Outra é a estilística (a
ciência da expressividade), pois compete ao autor da frase
fazer as escolhas sobre como será sua organização, a partir
do repertório que a língua oferece.
Entretanto, para o estudo da sintaxe do português, há um
pré-requisito. Sintaxe e morfologia são assuntos
interligados. Ter um bom conhecimento acerca das classes
de palavras é fundamental para entender a estrutura de
uma oração e de um período. Lembremo-nos, por
exemplo, que estudamos verbos, substantivos, adjetivos e
advérbios nos livros e aulas de morfologia — suas flexões,
significações, desempenhos — e que, agora, estudaremos
o verbo como elemento central da oração; o substantivo
como núcleo de um termo; o adjetivo como um elemento
periférico ou atributivo de outro; o advérbio como um
determinante sobretudo dos verbos.
Com isso, queremos enfatizar que o conteúdo aprendido
nos estudos de morfologia precisa estar sedimentado para
o que se coloca diante do estudante de sintaxe.
Reiteramos, enfim, a convicção de que é a competência
discursiva ou textual que caracteriza o saber expressivo de
que fala Eugenio Coseriu.
Um texto deve ter uma adequação gramatical compatível
com as pretensões e intuitos de seu autor, que — se assim
julgar pertinente — procurará atingir o nível de exigência
da linguagem padrão praticada por escrito pela
comunidade culta em que se insere.
(HENRIQUES, C. Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para
o texto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, 2ª reimpressão, p. 15-16.)
Na mesma linha da questão anterior, mas considerando as
formas e funções dos pronomes pessoais (caso reto e caso
oblíquo), pode-se afirmar que está INCORRETO, quanto à
forma e à função, o emprego do pronome pessoal na frase: