“Então, depois de ter passado alguns anos nos EUA como uma a...
“Então, depois de ter passado alguns anos nos EUA como uma africana, eu comecei a entender a reação da minha colega de quarto para comigo. Se eu não tivesse crescido na Nigéria e tudo o que eu soubesse sobre África viesse das imagens populares publicadas, eu também pensaria que a África era um lugar de paisagens bonitas, animais bonitos e pessoas incompreensíveis, disputando guerras insensatas, morrendo de pobreza e AIDS, incapazes de falar por si mesmas. Esperando para serem salvas pelo estrangeiro branco e gentil. [...] Eu acho que essa história única vem da literatura ocidental. [...] Então comecei a perceber que minha colega de quarto deve ter visto e ouvido, durante toda sua vida, diferentes versões da história única.”
ADICHIE, Chimamanda. O perigo de uma única história. Conferência anual – TED global 2009 – de 21 a 24 de julho. Oxford, Reino Unido. Disponível em: https://bit.ly/215XCHv. Acesso em: 15/06/2019.
A partir do relato acima, uma forma adequada de abordagem da África em sala de aula, que contemple a ruptura com uma história única, é: