A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a agressã...
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A questão aborda um tema fundamental na cardiologia: a dislipidemia e sua relação com o risco cardiovascular. Dislipidemia refere-se a anormalidades nos níveis de lipídios no sangue, como colesterol e triglicerídeos, e é um fator de risco para doenças cardiovasculares. Para resolver essa questão, é importante compreender sobre o manejo e tratamento das dislipidemias, especialmente o uso de estatinas, que são medicamentos amplamente utilizados para reduzir os níveis de colesterol LDL (conhecido como colesterol "ruim").
Alternativa Correta: A - "Para indivíduos de alto e muito alto risco cardiovascular, sempre que possível e tolerado, deve-se dar preferência para o uso de estatina de alta intensidade ou ezetimiba associada à estatina (sinvastatina 40 mg ou outra estatina com potência pelo menos equivalente)."
Esta alternativa está correta porque, na prática clínica, indivíduos com alto risco cardiovascular se beneficiam significativamente da terapia agressiva para redução de LDL-c, utilizando estatinas de alta intensidade. Estatinas como a atorvastatina e a rosuvastatina são frequentemente utilizadas em doses altas para alcançar reduções significativas no LDL-c. A associação com ezetimiba pode ser indicada quando a meta não é atingida apenas com estatinas.
Análise das Alternativas Incorretas:
B - "Para indivíduos de baixo risco cardiovascular, a meta de LDL-c deve ser < 70 mg/dL e o não HDL-c < 160 mg/dL." Esta alternativa é incorreta porque metas tão agressivas de LDL-c, como < 70 mg/dL, são tipicamente reservadas para indivíduos de alto risco cardiovascular, não para aqueles de baixo risco. Para indivíduos de baixo risco, as metas de LDL-c são geralmente menos rigorosas.
C - "Na hipercolesterolemia isolada, não se recomenda o uso de estatinas." Esta alternativa está incorreta porque as estatinas são, de fato, uma das principais intervenções para tratar a hipercolesterolemia isolada, especialmente quando associada a fatores de risco adicionais ou quando os níveis de LDL-c são significativamente elevados.
D - "Ao aumentar em 100% a dose de qualquer uma das estatinas, a redução média adicional do LDL-c é de 50 a 100%." Esta afirmação está errada. Na prática, dobrar a dose de uma estatina resulta em uma redução adicional de LDL-c de apenas cerca de 6%, não 50 a 100%. Isso demonstra que as estatinas têm um efeito que não é linear em relação à dose.
Essas análises ajudam a compreender que o tratamento da dislipidemia é personalizado de acordo com o risco cardiovascular do paciente, e que conhecer as propriedades e o efeito das estatinas é crucial para a prática clínica.
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