O par de vocábulos derivados cujos sufixos acrescentam às fo...

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Q386571 Português

Faz pelo menos dois anos que o mundo aguarda uma pandemia do calibre da gripe espanhola, que matou mais de 20 milhões de pessoas entre 1918 e 1920. Se não provocou ainda a epidemia globalizada, porém, a cepa pré- apocaliptica do vírus H5N1 já garantiu um belo surto de pânico midiático.


Nunca os jornais falaram tanto de algo que não aconteceu. Talvez, apenas, na nunca materializada pandemia de Sars, a “pneumonia asiática” que tirou o sono de muita gente em novembro de 2002 e causou menos de 800 mortes.

O terror na forma de vírus vem mais uma vez da Ásia. A mortandade de aves domésticas e casos isolados de pessoas infectadas com o H5N1 se espalharam pelo Oriente a partir de 2003 e daí, periodicamente, para as manchetes do mundo todo. O contágio jornalístico parece muito mais fácil que o físico.

Há motivo para precaução de autoridades sanitárias? Sem dúvida. Mas não para pânico público, nem para sair comprando do próprio bolso caixas e caixas de oseltamivir (marca registrada Tamiflu). Até que haja contágio entre humanos, e não de ave para homem, corre-se o risco de gastar dinheiro à toa. Já se o H5N1 ganhar a faculdade de infectar humanos facilmente, nada garante que a droga vá ser eficaz contra o vírus mutante.

Enquanto isso, o remédio é buscar um pouco de informação. O H5N1 é uma cepa do tipo A do vírus da influenza (gripe), bem mais problemático que os outros dois, B e C. Normalmente infecta aves, domésticas ou selvagens (inclusive migratórias). Desse reservatório pode ser transmitido para pessoas, quando manifesta alta capacidade de matar (em alguns surtos, as mortes chegaram a um terço dos doentes)

O nome atribuído às cepas tem relação direta com seu poder sinistro, mais precisamente com proteínas de sua superfície cruciais para a capacidade de invadir células do aparelho respiratório, multiplicar-se dentro delas e depois abandoná-las em legião. O H se refere à hemaglutinina, envolvida na invasão, e o N à neuraminidase, que ajuda as partículas virais multiplicadas a deixarem a célula infectada.

O H5N1 só se tornaria realmente perigoso se sofresse uma mutação que facilitasse sua transmissão entre pessoas, do que ainda não se tem notícia. Os repetidos surtos de infecção de gente que lida com galináceos multiplicam as chances estatísticas de que isso se torne uma realidade. Aves migratórias e o comércio de aves ajudam a espalhar o vírus pelo mundo, levando-o por exemplo para a Europa, mas muito improvavelmente para a América do Sul.

O temor de epidemiologistas é que o vírus sofra uma recombinação (intercâmbio de material genético), no corpo dos raros doentes, com o vírus da gripe comum. Facilidade de contágio e poder de matar podem resultar dessa aliança, mas, de novo, nada garante que isso vá ocorrer.

É como andar de avião, ou morar perto de uma usina nuclear: probabilidade muito baixa de um acidente, que no entanto teria efeitos devastadores. A diferença é que, no mundo globalizado, ninguém pode escolher deixar de respirar.


O par de vocábulos derivados cujos sufixos acrescentam às formas primitivas noções inteiramente diversas é:
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O tema central da questão é a morfologia, especificamente a identificação de sufixos que acrescentam noções inteiramente diversas às formas primitivas de palavras. A questão exige que o aluno compreenda como os sufixos podem alterar o significado ou função de uma palavra primitiva, criando novos vocábulos com significados diferentes.

A alternativa correta é a E - reservatório / folhagem. Vamos entender o porquê:

Reservatório: derivado de "reservar", o sufixo “-ório” indica um lugar ou recipiente destinado a algo (neste caso, onde algo é reservado ou armazenado).

Folhagem: derivado de "folha", o sufixo “-agem” refere-se a um conjunto ou coleção, indicando um conjunto de folhas.

Assim, os sufixos -ório e -agem adicionam significados completamente diferentes às palavras primitivas.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Espanhola / Interiorano: O sufixo “-ola” em espanhola e “-ano” em interiorano têm funções semelhantes ao indicar uma relação ou origem, não adicionando noções inteiramente diversas.

B - Probabilidade / Gentileza: Ambos sufixos “-idade” e “-eza” indicam estados ou qualidades. As noções que eles acrescentam não são inteiramente diversas entre si.

C - Mutação / Julgamento: O sufixo “-ção” em mutação e “-mento” em julgamento ambos indicam um processo ou resultado de uma ação, não acrescentando significados diversos.

D - Midiático / Familiar: Os sufixos “-ático” e “-ar” em ambos os casos indicam relação ou pertencimento, não mostrando uma diferença marcante entre suas funções.

É importante observar esses detalhes sobre sufixos para distinguir as mudanças de significado nas palavras derivadas.

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e) reservatório = nome de um lugar / folhagem = nome indicador de abundância, aglomeração, coleção.

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