Para Moreira (2014), as “Dinâmicas de Grupo podem se colocar...

o sentido político da intervenção profissional está relacionado aos referenciais teórico-metodológicos e ético-políticos em que os/as assistentes sociais se baseiam e não à técnica ou instrumento utilizado.

A alternativa A é a correta, e vamos entender o motivo. A questão aborda a importância das Dinâmicas de Grupo no trabalho do/a assistente social e como elas podem ser utilizadas como uma estratégia para promover a reflexão crítica e a ampliação de visão de mundo dos usuários. No entanto, mais do que aplicar uma técnica ou instrumento, o sentido político e a relevância da intervenção profissional são derivados dos referenciais teórico-metodológicos e ético-políticos em que os/as assistentes sociais fundamentam sua prática.

O Serviço Social é uma profissão imbuída de uma perspectiva ético-política, o que significa que as intervenções devem ser orientadas por princípios que vão além de técnicas e que são pautados por valores como a defesa dos direitos humanos e a busca por justiça social. Assim, o/a assistente social deve ter clareza de sua direção social, isto é, de sua intencionalidade no processo de trabalho, que deve estar sempre alinhada aos princípios ético-políticos da profissão.

Logo, a alternativa correta (A) destaca que não é a técnica ou instrumento utilizado que define a natureza política da intervenção profissional, mas sim os referenciais que orientam o/a assistente social em sua prática. As técnicas, como as dinâmicas de grupo, são ferramentas que auxiliam na operacionalização do trabalho, mas a direção política e o compromisso ético com a transformação social é que conferem sentido a essas ações.

A alternativa B incorre no erro de atribuir às técnicas psicológicas e sociológicas um papel central na observação, intervenção e interpretação dos componentes individuais, o que diminuiria o aspecto crítico e reflexivo da profissão. A alternativa C simplifica a contribuição dos conhecimentos técnicos de intervenção ao ensino de comportamentos e habilidades, ignorando a complexidade do trabalho crítico social. A alternativa D sugere erroneamente que a técnica ou instrumento determina a direção política do fazer profissional, o que contraria a premissa de que são os referenciais teórico-metodológicos e ético-políticos que conferem essa direção.

Portanto, é fundamental entender que na prática do Serviço Social, as técnicas e instrumentos são meios para atingir fins que são definidos a partir de uma base teórica e ética profunda, comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.