Com relação às estruturas linguísticas do texto, julgue os i...

O termo “se” no texto complementa o sentido do verbo “descrevem”, informando uma ação com sentido reflexivo (eles mesmos se descreviam). Logo, o termo não é um pronome apassivador, pois não está ligado a um verbo que torna a oração passiva. O “se” é um pronome reflexivo.


Alternativa incorreta. 

Como PRONOME, o “SE” pode ser

a) Pronome Pessoal Reflexivo

Neste caso, o SE vai servir para indicar uma ação que é praticada pelo sujeito e ele mesmo receberá suas conseqüências. Dizemos que o sujeito pratica e sofre a ação.

Exemplos:

Maria cortou-se com uma tesoura. Deitou-se mais cedo para descansar.

b) Pronome Pessoal Recíproco

O pronome recíproco é muito parecido com o reflexivo, mas neste caso a ação envolve dois sujeitos, onde ambos praticam a ação um sobre o outro, e portanto também sofrem a conseqüência da ação praticada.

Exemplos:

Pedro e Maria deram-se as mãos. Meus pais se amam profundamente.

c) Pronome Apassivador

Pode também ser chamado de partícula apassivadora/apassivante, e serve para indicar que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. Chamamos de sujeito “paciente”.

O pronome apassivador segue um VTD (verbo transitivo direto) que esteja na 3ª (terceira) pessoa.

Exemplos:

Vendem-se casas. Os livros que se estraviaram, foram restaurados.

d) Pronome Indefinido

Também chamado de Índice de indeterminação do sujeito, é utilizado em frases cujo sujeito é indeterminado, e por muitos gramáticos não é considerado um pronome.

Exemplos:

Precisa-se de vendedor. Vive-se um dia de cada vez. O “SE” como PARTÍCULA DE REALCE

Como o nome já sugere, o SE servirá neste caso para realçar aquilo que está sendo dito, e portanto poderá ser retirado da frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e coesão.

Exemplos:

Foi-se embora a minha última esperança. Você fez o que lhe pedi? Se fiz! Como CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA, o “SE” pode ser:

a)  Causal

Pode ser substituída pelas construções ‘já que’, ‘visto que’ e ‘por que’. É utilizada na oração subordinada para indicar a causa da oração principal.

Exemplo:

Se você não chegou, tivemos que improvisar um apresentador.

b)  Condicional

Indica uma condição para a oração principal.

Exemplo:

Se você não chegar cedo, teremos que improvisar um apresentador.

c)  Concessiva

Pode ser substituída pela conjunção ‘embora’, e indica uma concessão, uma exceção à conseqüência natural da ação.

Exemplo:

Se perdermos este jogo, nem por isso sairemos daqui desanimados.

d)  Integrante

Aparece entre dois verbos para completar o sentido de um deles. É utilizada nas orações substantivas.

Exemplos:

Pergunte se trouxe a encomenda que pedi. Fale-me se estou certo ou errado. RESPOSTA: ERRADA

O "se" funciona como pronome reflexivo.

Errado

O "se" funciona como pronome reflexivo.

Note que o sujeito da forma verbal "se descreverem" é contextualmente identificado: "meus parceiros na comunicação via ciberespaço".

Dessa forma, a construção: "Não há como ter certeza ... de que sejam “realmente” como se descrevem" é equivalente a "Não há como ter certeza ... de que sejam “realmente” como descrevem a si mesmos" .

Fonte: http://www.itnerante.com.br/group/portugues-para-concursos/forum/topics/cespe-stf-analise-de-sistemas-de-informa-o-questao-07?commentId=1867568%3AComment%3A297687&xg_source=activity&groupId=1867568%3AGroup%3A200509

Não há como ter certeza de que (eles) sejam "realmente" como se descrevem.
o pronome "eles" está oculto, refere-se aos "parceiros" e é o sujeito do verbo descrever (VTD).
Quem descrevem?  = os parceiros ; descrevem o quê? = a si mesmos, ou seja, o sujeito pratica e sofre a ação verbal, logo se trata de um PRONOME REFLEXIVO.

como eles SE DESCREVEM = como eles descrevem a eles mesmos = pronome reflexivo ;)

Leonardo Rodrigues, excelente a sua explicação e os seus exemplos. Muito obrigada!