Na verdade, o que fez o STJ foi jogar um banho de água fria...

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Q1950254 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O sofrimento dos brasileiros com os planos de saúde


"Pouca saúde e muita saúva os males do Brasil são". Uma das frases mais famosas da literatura brasileira contida no livro Macunaíma, de Mário de Andrade, serve como ponto de reflexão sobre um dos temas problemáticos do país, a saúde de seus cidadãos. Desta vez, o que chama atenção e é motivo de preocupação de mais de oito milhões de pessoas é a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), alterando o rol de cobertura obrigatória das operadoras de saúde. A Corte resolveu que, a partir de agora, a lista que cobre financeiramente procedimentos cirúrgicos, terapias, medicamentos, entre outras atividades ao segurado enfermo é taxativa. Ou seja, os planos de saúde, que antes eram obrigados pela Justiça a pagar a conta em caso de haver a necessidade de o consumidor ter de passar por novos procedimentos, ficam respaldados a negar tratamentos e remédios. Segundo a deliberação, as empresas não precisam mais arcar com os custos de quaisquer tratamentos fora do rol oficial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mesmo que haja sentenças nesse sentido.

Na verdade, o que fez o STJ foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores, já que o próprio Poder Judiciário havia reconhecido, por meio de diversas decisões, que o rol se tratava de algo exemplificativo, que, dependendo da situação, deveria incluir outros procedimentos. Em resumo, os 3.300 procedimentos, que já constam na lista como despesas obrigatórias para os convênios, tornam-se uma camisa de força para quem precisa de alguma nova terapia com rapidez. Pessoas que estão em tratamento podem ter suas terapias sumariamente interrompidas. Dinâmica como é a área da medicina, inovações surgem de forma constante. "A decisão é ruim. Agora, as pessoas terão que pagar por fora por tratamentos inovadores", diz Renata Abalém, especialista em direito do consumidor e integrante da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-SP. Ela tem razão. "Atualmente, há adultos diagnosticados com autismo, e com isso, surgem necessidades diferentes", diz.


(Disponível em: O sofrimento dos brasileiros com os planos de saúde (msn.com). Adaptado.)
Na verdade, o que fez o STJ foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores.

Assinale a opção CORRETA cuja nova pontuação não altere o sentido da frase.
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Alternativa correta: E - O que fez o STJ, na verdade, foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores.

A questão aborda o uso correto da pontuação para manter o sentido original da frase. Para resolver questões desse tipo, é necessário compreender como a pontuação pode alterar o sentido das frases e identificar a maneira apropriada de usá-la para preservar a mensagem original.

A alternativa E é a correta porque utiliza as vírgulas para isolar o elemento "na verdade", que é um adjunto adverbial intercalado. Esse tipo de pontuação é essencial para manter a clareza e o sentido original da frase.

Vamos analisar agora as alternativas incorretas:

A - O que fez o STJ? Foi jogar um banho de água fria na verdade sobre os consumidores.

Esta frase está incorreta porque a expressão "na verdade" está mal posicionada, alterando o sentido da frase e confundindo o leitor. Parece que "na verdade" se refere à "água fria", o que não faz sentido no contexto original.

B - O que fez o STJ: foi jogar um banho de verdade na água fria sobre os consumidores.

Aqui, a pontuação muda completamente o sentido da frase: "um banho de verdade na água fria" não faz sentido e distorce a ideia de que a ação do STJ foi um "banho de água fria" sobre os consumidores.

C - O que fez o STJ? Na verdade foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores.

Embora esteja próxima da correta, esta alternativa falha em não isolar "na verdade" com vírgulas, o que prejudica a clareza e a leitura fluida da frase.

D - O que fez o STJ foi jogar um banho de água fria na verdade sobre os consumidores.

Similar à alternativa A, esta frase posiciona "na verdade" de forma equivocada, alterando o sentido e tornando a frase confusa.

Entender o papel da pontuação é crucial para manter a clareza e precisão nas comunicações escritas. A pontuação adequada não só organiza as ideias, como também garante que a mensagem seja transmitida de maneira correta.

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Comentários

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Texto: "Na verdade, o que fez o STJ foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores".

Proposta de reescrita sem alterar o sentido: "O que fez o STJ, na verdade, foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores".

Observa-se que "na verdade" é uma locação adverbial de afirmação de pequena extensão, logo, o uso da vírgula é opcional. Porém, ao deslocarmos, precisaremos inserir as devidas vírgulas e foi isso que a alternativa E fez.

GABARITO - E

É a única assertiva em que o isolamento por vírgulas é respeitado.

Na verdade, o que fez o STJ foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores;

O que fez o STJ, na verdade, foi jogar um banho de água fria sobre os consumidores. 

Bons Estudos!!!!

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