Em relação aos aspectos linguísticos do texto, assina...
Na letra C, o "se" trata-se de partícula apassivadora. Na voz passiva o que seria objeto direto transforma-se em sujeito paciente, portanto o sujeito não é indeterminado. "Para que não se pense que a evolução e a sua bagagem (...)". O período grifado classifica-se como Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta, em que o objeto direto vira sujeito paciente. De outro modo, pergunte-se: para que não se pense em que? "Que a evolução e a sua bagagem (...)"
Com relação a Letra D, ambas as locuções expressam ação iniciada que se perdura no tempo.
Com relação a letra E, para colocação pronominal em locuções verbais com verbos no infinitivo ou no gerúndio vale tudo.
Ex: Ela me podia ajudar.
Ela podia-me ajudar.
Ela podia me ajudar.
Ela podia ajudar-me.
Bons estudos!
Alternativa E: A partícula “se”, em “tornar-se” (linha 37), poderia ser corretamente deslocada para imediatamente após a forma verbal “podem” (linha 37), da seguinte forma: podem-se muito facilmente tornar. (CORRETA)
Colocação pronominal nas locuções verbais:
1) Com o verbo principal no infinitivo ou no gerúndio:
a) se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo, como disse o colega, vale tudo: pode ficar proclítico ou enclítico ao verbo auxiliar ou, ainda enclítico ao principal:
"As emoções simpáticas podem muito facilmente tonar-se desagradáveis" (Enclítico ao verbo principal)
"As emoções simpáticas se podem muito facilmente tonar desagradáveis..." (Proclítico ao verbo auxiliar).
Contudo, se houvesse palavra que motivasse a próclise, como por exemplo, uma palavra atrativa, o pronome deveria ficar proclítico ao auxiliar ou enclítico ao principal:
"As emoções simpáticas não se podem tonar desagradáveis". (Proclítico ao verbo auxiliar).
"As emoções simpáticas não podem tornar-se desagradáveis". (Enclítico ao verbo principal)
Alternativa A: O pronome “aquilo”, em “daquilo” (linha 3), que retoma “cópia” (linha 3), exerce a função de complemento da forma verbal “têm” (linha 4).(ERRADO)
"(...) e não apenas uma cópia daquilo que outras espécies têm ao seu dispor".
Quem tem cópia, tem cópia de algo (cópia daquilo).
Complemento nominal: "é o termo preposicionado que completa o sentido transitivo de nomes - substantivo, adjetivo e advérbio- indicando o alvo do processo expresso por essas palavras". (FILEMON FÉLIX DE MORAES, 2013).
Observa-se que o termo "cópia" é um substantivo, até porque está acompanhada de um artigo (uma).
"(...) e não apenas uma cópia (substantivo) daquilo (complemento do substantivo) que outras espécies têm ao seu dispor".
Além disso, a questão está correta ao dizer que o pronome "aquilo" é complemento da forma verbal "têm".
e não apenas uma cópia daquilo que (pronome relativo, retoma o pronome "aquilo") outras espécies têm (o que? aquilo) ao seu dispor".
Outras espécies têm aquilo ao seu dispor.
LETRA E
CASO FACULTATIVO, infinitivo não flexionado precedido de “palavras atrativas” ou das preposições
“para, em, por, sem, de, até, a”.
Exemplos:
– Meu desejo era não o incomodar. / Meu desejo era não incomodá-lo.
– Calei-me para não contrariá-lo. / Calei-me para não o contrariar.
Alternativa B: A partícula “se”, em “se construíram” (linha 8), classifica-se como pronome reflexivo. (ERRADA).
Classifica-se como partícula apassivadora.
“(...) vem ligada a verbo que pede objeto direto, ou seja, transitivo direto ou direto e indireto, tornando a oração passiva. É também chamada, neste caso, de pronome apassivador” .
Texto:
“Quando às narrativas que se construíram (Verbo transitivo direto) em torno das situações e das regras, são também exclusivamente humanas”. (Voz passiva sintética)
“Quando o “se” funciona como partícula apassivadora é possível converter a oração da voz sintética para a voz passiva analítica”.
Reescrita do texto:
“Quanto às narrativas que foram construídas em torno das situações e das regras, são também exclusivamente humanas”. (Voz passiva analítica).
Fonte: (GRAMÁTICA OBJETIVA, FILEMON FÉLIX DE MORAES, 2013).
Alternativa C: O sujeito da forma verbal “pense” (linha 28) é indeterminado. (ERRADA).
“Para que não se pense que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso”.
1°Método para matar esse tipo de questão:
Sujeito indeterminado pode o correr de duas maneiras:
1) Com verbo na 3° pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente.
Essa hipótese está descartada, visto que o verbo “pense” está no singular.
2) Com o pronome “se” (índice de indeterminação do sujeito) e verbo na 3° pessoa do singular.
Pode-se ficar em dúvida nessa, pois o verbo “pense” está no singular. Contudo, o “se” como índice de indeterminação do sujeito “vem ligada a um verbo que não é transitivo direto, nem direto e indireto, tornando o sujeito indeterminado”. Logo, esse tipo de “se” só vem ligada a verbo intransitivo e transitivo indireto.
O problema é que o verbo “pensar”, no contexto, é transitivo direto, embora ele também possa exercer a função de verbo transitivo indireto (VTI), mas nesse contexto ele não está como Verbo transitivo indireto (VTI):
“Para que não se pense que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso”.
O complemento do verbo “pensar” (que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso) é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, que exerce a função de objeto direto em forma de oração.
Para que não se pense o que? Isso.
Para que não se pense ISSO.Observa-se que não existe preposição, logo o verbo “pensar” não pode ser verbo transitivo indireto (VTI).
Portanto, existe sujeito. Vamos achá-lo.
Alternativa C: O sujeito da forma verbal “pense” (linha 28) é indeterminado. (ERRADA).
“Para que não se pense que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso”.
2° Método para matar esse tipo de questão:
Texto:
“Para que não se pense que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso”.
Partícula apassivadora: “(...) vem ligada a verbo que pede objeto direto, ou seja, transitivo direto ou direto e indireto, tornando a oração passiva.É também chamada, neste caso, de pronome apassivador”.
Percebe-se que essa oração do texto é passiva, pois o verbo está na voz passiva sintética.
Voz passiva: O sujeito é paciente, isto é recebe a ação expressa pelo verbo.
Voz passiva sintética: “é formada por um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, na terceira pessoa (singular ou plural), acompanhado do pronome apassivador “se””.
Voz passiva analítica: “é formada por um verbo auxiliar, seguido do verbo principal”.
Passando da voz passiva sintética para a voz passiva analítica:
“Para que não seja pensado que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso ”. (Voz passiva analítica).
“Para que não seja pensado ISSO”. (Voz passiva analítica).
“ISSO é pensado”. (Voz passiva analítica).
Ao substituir para melhor compreensão a oração subordinada substantiva objetiva direta “que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso”, pelo pronome demonstrativo “isso”, percebe-se que a oração subordinada substantiva objetiva direta exerce a função de sujeito paciente. Ou seja, ela sofre a ação do verbo.Logo, o sujeito não é indeterminado.
Obs:
Na voz passiva, o objeto direto exerce a função de sujeito paciente.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE EM RELAÇÃO A ALTERNATIVA C:
O sujeito da forma verbal "pense" não é indeterminado apenas porque a oração está na voz passiva. Se ela estivesse na voz ativa, o sujeito seria indeterminado, visto que não existe agente da passiva.
Passagem da voz passiva sintética para a voz ativa:
1. O verbo fica na terceira pessoa do plural (sujeito indeterminado), uma vez que não se sabe quem é o agente da ação verbal
2. O sujeito paciente passa a objeto direto.
3. Suprime-se o pronome apassivador "se".
“Para que não se pense que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso”.(Voz passiva sintética)
Para que não pensem que a evolução e a bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso". (Voz ativa).
Observa-se que o sujeito na voz ativa está indeterminado.
Alternativa D: O sentido original dotexto seria prejudicado caso se substituísse a locução “venho falando” (linha32) por tenho falado. (ERRADA).
“(...) é hora de salientar que todasas emoções positivas de que venho falando”.
A expressão “venho falando” é umalocução verbal.
Uma locução verbal é formada por umverbo auxiliar seguido do verbo principal. O verbo principal aparece em uma das formas nominais (gerúndio,infinitivo ou particípio). O verbo auxiliar, por sua vez, aparece flexionado,pois tem a função de ampliar o significado do verbo principal. O verbo auxiliar é o responsável pelaindicação das flexões de pessoa, número, tempo e modo.
“Venhofalando”:
Flexão de número e de pessoa: 1°pessoa do singular “eu venho falando”;
Tempo: pretérito
Modo verbal: indicativo
“Tenho falado”:
Flexão de número e de pessoa: 1°pessoa do singular “eu tenho falado”;
Tempo: pretérito
Modo verbal: indicativo
Obs:
Os dois verbos estão no pretérito perfeitocomposto do indicativo. Nesse caso, verbo (locução verbal, pois nesse caso écomposto) “é empregado para exprimirprocessos que se repetem ou se prolongam até o presente”.
Ex:
“Tenho andado tão sozinho ultimamente”
“Os empresários têm buscado alternativas de crescimento”.
Fonte: (GRAMÁTICA OBJETIVA, FILEMON FÉLIX, 2013).
Venho falando = pretérito perfeito
Tenho falado= pretérito perfeito
____________________
Tempos compostos
Tenho falado = pretérito perfeito
Tinha falado= preterido mais que perfeito
Terei falado= futuro do presente
Teria falado= futuro do pretérito
Que eu tenha falado= pretérito perfeito do Subjuntivo
Se eu tivesse falado= pretérito mais que perfeito do Subjuntivo
Quando eu tiver falado = futuro do Subjuntivo