Sobre as doenças cardíacas congênitas é INCORRETO afirmar q...

A alternativa correta é a C.

Vamos analisar cada uma das alternativas para entender melhor o tema das doenças cardíacas congênitas, especificamente sobre o Defeito do Septo Ventricular (DSV).

A - O Defeito do Septo Ventricular (DSV) é, de fato, um dos defeitos congênitos cardíacos mais comuns. Ele pode ocorrer como um defeito isolado ou como parte de uma combinação de anomalias. Esta afirmação está correta.

B - O DSV é frequentemente único e pode ser encontrado na porção membranosa ou muscular média do septo. O impacto funcional deste defeito depende do seu tamanho e de como está o leito vascular pulmonar. Essa informação também está correta.

C - A afirmação de que a cirurgia é sempre recomendada para pacientes, mesmo com normalidade de pressões arteriais pulmonares e pequenos shunts, está incorreta. Na prática clínica, muitos casos de DSV com pequenos shunts e sem repercussão hemodinâmica significativa podem ser acompanhados clinicamente sem intervenção cirúrgica imediata. Portanto, nem sempre a cirurgia é necessária, tornando esta a alternativa incorreta.

D - O tratamento do Defeito do Septo Atrial (DSA) costuma envolver reparo cirúrgico, que pode ser feito com materiais protéticos ou dispositivos transcateter percutâneo, entre outros métodos. Esta afirmação está correta para o contexto do tratamento de DSA, que é uma condição diferente do DSV, mas também relevante no contexto de cardiopatias congênitas.

Ao analisar essas alternativas, é essencial compreender que a decisão de intervenção em cardiopatias congênitas, como o DSV, deve considerar fatores como o tamanho do defeito, a resposta pressórica pulmonar, e a presença de sintomas, entre outros critérios. A prática clínica prioriza intervenções quando os riscos do defeito superam os riscos da cirurgia.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

A questão aborda conhecimentos sobre doenças cardíacas congênitas, especificamente o Defeito do Septo Ventricular (DSV) e outros defeitos. A alternativa C é incorreta porque afirma que a cirurgia é sempre recomendada para pacientes com DSV, mesmo quando há normalidade de pressões arteriais pulmonares com pequenos shunts (fluxo anômalo de sangue entre as câmaras cardíacas). Na verdade, a indicação cirúrgica para o DSV depende de vários fatores, incluindo o tamanho do defeito, a presença de sintomas, o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar e a presença de hipertensão arterial pulmonar. Em alguns casos, especialmente em defeitos pequenos (shunts pequenos) e sem evidência de sobrecarga cardíaca ou pulmonar, a conduta pode ser conservadora, com acompanhamento clínico e sem necessidade de intervenção imediata. Portanto, a afirmativa C é incorreta porque generaliza a recomendação de cirurgia, desconsiderando a necessidade de uma avaliação individualizada do paciente com DSV.