Acerca da evolução da administração pública no Brasil, julgu...
No Estado patrimonial, a estrutura pública é tida como extensão do poder do soberano, de modo que seus servidores possuem status de nobreza
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Gabarito comentado
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Alternativa correta: C - certo
Vamos entender por que a afirmativa está correta:
O Estado patrimonial é uma fase da evolução da administração pública em que a estrutura governamental é vista como uma extensão do poder pessoal do soberano. Nesse contexto, os cargos públicos são considerados propriedades privadas e, portanto, podem ser transferidos, vendidos ou herdados.
Durante o Estado patrimonial, a distinção entre o que era público e o que era privado era praticamente inexistente. O governo e a administração pública funcionavam como uma propriedade do monarca e seus familiares. Os servidores públicos, muitas vezes, eram da nobreza ou tinham uma relação próxima com o soberano, usufruindo de privilégios e status social elevado.
Para resolver a questão, é essencial conhecer as diferentes fases da administração pública no Brasil:
1. Estado Patrimonial: Como discutido, caracterizado pela confusão entre o público e o privado.
2. Estado Burocrático: Surge com o objetivo de organizar e racionalizar a administração pública, introduzindo a meritocracia e a profissionalização do serviço público.
3. Estado Gerencial: Focado na eficiência, eficácia e economicidade, com maior ênfase na gestão de resultados e na descentralização.
A questão aborda conhecimentos sobre a evolução histórica da administração pública, especificamente a fase patrimonial. O aluno precisa identificar que, nesse período, os servidores públicos eram tratados como uma extensão do poder do soberano e, muitas vezes, possuíam status de nobreza.
Portanto, a alternativa C está correta, uma vez que descreve adequadamente a característica do período patrimonial da administração pública, em que a estrutura pública era vista como uma extensão do poder do soberano e seus servidores possuíam, de fato, status de nobreza.
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Comentários
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CERTA
A questão está correta, pois, no Estado patrimonial, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas ou sinecuras. A res publica não é diferenciada das res principis (confusão entre o patrimônio público e o privado). A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração.
http://www.tecconcursos.com.br/artigos/comentarios-da-prova-da-suframa-recursos-apu
No entendimento de Bresser-Pereira (2001), patrimonialismo significa “a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados”.
No patrimonialismo não existiam carreiras organizadas no serviço público e nem se estabeleceu a divisão do trabalho. Os cargos eram todos de livre nomeação do soberano, que os direcionava a parentes diretos e demais amigos da família, concedendo-lhes parcelas de poder diferenciadas, de acordo com os seus critérios pessoais de confiança. Prática frequente era a troca de favores por cargos públicos (neste caso não se tratava de parentes e amigos, mas de interesses políticos ou econômicos). Regra geral, quem detinha um cargo público o considerava como um bem próprio de caráter hereditário (passava de geração para geração). Não havia divisão do trabalho; os cargos denominavam-se prebendas ou sinecuras, e quem os exercia gozava de status da nobreza real.
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública.
A questão está certa, uma outra pode ajudar a responder, vejam:
Prova: CESPE - 2013 - UNIPAMPA - Administrador Disciplina: Administração PúblicaNo modelo de administração pública patrimonialista, os servidores públicos possuem status de nobreza real, e os cargos funcionam como recompensas, o que contribui para a prática de nepotismo.
GABARITO: CERTA.
¹ Luciano Oliveira
Entendo que é Administração Pública, porém questão muito histórica. Esse assunto dificilmente cai nas provas.
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