Considerando a história da política social no Brasil, no per...
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Alternativa correta: C - aumento do salário real.
Ao analisar o período de 1985 a 1988 no Brasil, estamos falando sobre um momento de transição política e de redemocratização do país, marcado pelo fim do regime militar e o início de um governo civil. Neste contexto, houve uma série de reformas econômicas e sociais que buscaram promover o crescimento econômico e a justiça social, após anos de repressão e desigualdades acentuadas.
O aumento do salário real é uma indicação de que os trabalhadores estavam começando a ter um poder de compra maior, ou seja, o salário que recebiam podia comprar mais bens e serviços do que antes. Isso normalmente está associado a um governo que busca implementar políticas de caráter mais reformista e que, de alguma maneira, tenta redistribuir a renda e fomentar o bem-estar social.
Este aumento do salário real pode resultar de diversas políticas, como controle da inflação, ajustes salariais acima dela, ou até mesmo políticas de emprego que visam aumentar a qualidade e a remuneração do trabalho. No caso do Brasil desse período, observou-se um esforço para estabilizar a economia, diminuir a inflação e ajustar salários, o que de fato resultou em um aumento do salário real para parte da população.
Portanto, a Alternativa C está correta porque reflete um dos objetivos e resultados das políticas adotadas no período mencionado, que foi justamente o aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores, um indicativo de políticas sociais de caráter reformista.
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Comentários
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Ainda sem entender essa questão. Alguém poderia indicar a referência bibliográfica ou fazer um comentário? Obrigada :*
essa questão esta errada. a resposta é a letra A
Congelamento de salários e o "gatilho Salarial" não pode significar aumento do salário real!
SEM ENTENDER ESSA QUESTÃO...ESSA ÉPOCA NÃO ERA DA DITADURA?
Gab:C
Artigo: Política social e pactos conservadores no Brasil: 1964/92 . Eduardo Fagnani.
Introdução
Este ensaio analisa a política social brasileira no período 1964/92. Divide-se em três partes. A primeira trata da estratégia conservadora (1964/85), com destaque para dois aspectos centrais:
– seus traços estruturais: regressividade dos mecanismos de financiamento; centralização do processo decisório; privatização do espaço público; expansão da cobertura; e reduzido caráter redistributivo;
– sua periodização: 1964/67 (concepção); 1968/73 (institucionalização); 1968/73 (crise e reforma); e 1981/85 (esgotamento).
A segunda discute a estratégia reformista (1985/88). Durante a Nova República, forças políticas integrantes da coalizão governista que conduziu à transição democrática, solidárias com o avanço dos direitos sociais, tentam implementar um amplo projeto de reorganização institucional e econômica forjado nos anos de resistência ao autoritarismo. Nesse contexto, houve a concepção e tentativa de implantação de uma ambiciosa estratégia reformista da política social edificada no regime militar. O ímpeto reformador concentrou-se no Executivo federal (especialmente no biênio 1985/86) e na Assembleia Nacional Constituinte (1987/88).
[...]A estratégia delineada apoiava-se em ações de natureza e temporalidade distintas. De um lado, medidas de caráter emergencial visavam a objetivos de curto prazo, sobretudo quanto à fome, ao desemprego e à pobreza absoluta. De outro, medidas de caráter estrutural, com objetivos de maior prazo, davam prioridade ao crescimento econômico sustentado, com ampliação do emprego, aumento do salário real e melhor distribuição de renda e riqueza; a incorporação na agenda governamental de questões historicamente excluídas, como a reforma agrária, o seguro-desemprego e a revisão da legislação trabalhista e sindical; e a revisão da estratégia autoritária para as políticas sociais, a fim de promover a descentralização político-administrativa, ampliar os canais de participação e de controle social nos processos decisórios, redefinir o padrão regressivo de financiamento, universalizar o acesso e ampliar os seus impactos redistributivos.
https://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/459/n.%208%2006-Fagnani.pdf
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