Um paciente com indicação de um transplante cardíaco deve r...
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a A.
Vamos entender o contexto dessa questão. Ela envolve o manejo fisioterapêutico de pacientes que passaram por um transplante cardíaco, tanto no pré quanto no pós-operatório. Para resolver essa questão, é importante ter conhecimento sobre a resposta fisiológica desses pacientes ao exercício, assim como as precauções e recomendações específicas para cada fase do tratamento.
Alternativa A: No programa de exercícios pós-operatórios, quando iniciados os exercícios submáximos, ocorrerá captação de oxigênio de forma normal; contudo, o esforço percebido, a ventilação minuto e o equivalente ventilatório estarão elevados. Esta alternativa é correta porque, após o transplante cardíaco, a regulação da frequência cardíaca é alterada devido à desnervação cardíaca. Isso faz com que, durante o exercício, o paciente perceba maior esforço e tenha uma ventilação minuto e equivalente ventilatório aumentados.
Alternativa B: No programa de exercícios pré-operatórios, deve-se contraindicar o uso de oxigênio suplementar, para não provocar dependência desse suporte ao paciente. Esta alternativa está incorreta porque o uso de oxigênio suplementar pode ser crucial para pacientes com disfunção respiratória pré-operatória grave. A dependência do suporte não é um problema relevante nessa fase, onde a prioridade é garantir a oxigenação adequada do paciente.
Alternativa C: No pós-operatório imediato, o fisioterapeuta deve estimular a deambulação dentro dos limites máximos, para ganho mais acelerado da endurance. Esta alternativa está incorreta porque no pós-operatório imediato, o foco deve ser na mobilização precoce, mas de forma gradual e dentro dos limites seguros. Estimular a deambulação nos limites máximos pode ser prejudicial e arriscado para o paciente recém-transplantado.
Alternativa D: Ao monitorar os parâmetros durante a fase de atividade máxima, após transplante cardíaco, os limites considerados como de precaução na escala de Borg para esforço percebido deve ser de 17, ou seja, muito cansativo. Esta alternativa está incorreta porque 17 na escala de Borg é considerado um esforço muito elevado para um paciente pós-transplante cardíaco. Recomenda-se manter um nível de esforço percebido menor, geralmente entre 11 e 13 (esforço leve a moderado), para garantir segurança.
Alternativa E: Em repouso, a frequência cardíaca de um paciente transplantado fica cerca de 25 bpm abaixo dos valores observados para indivíduos normais, do mesmo sexo e da mesma idade. Esta alternativa está incorreta porque, na verdade, a frequência cardíaca em repouso de pacientes transplantados geralmente é mais elevada do que em indivíduos normais, devido à ausência de inervação vagal. Portanto, a frequência não fica 25 bpm abaixo, mas sim acima.
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