TEXTO: A contadeira de históriasNão sei se é impressão d...
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Q1211335
Português
TEXTO:
A contadeira de histórias
Não sei se é impressão de meninice, mas a verdade é que, até hoje, não encontrei ninguém que tivesse mais jeito para contar histórias infantis.
Na sua boca, as coisas simples e as coisas insignificantes tomavam um tom de grandeza que nos arrebatava; tudo era surpresa e maravilha que nos entrava de um jato na compreensão e no entusiasmo.
E não sei onde ela ia buscar tanta coisa bonita. Ora eram princesas formosas, aprisionadas em palácios de coral, erguidos no fundo do oceano ou das florestas; ora reis apaixonados que abandonavam o trono para procurar pelo mundo a mulher amada, que as fadas invejosas tinham transformado em coruja ou rã.
Não perdíamos uma só das suas palavras, um só dos seus gestos.
Ela ia contando, contando... Os nossos olhinhos nem piscavam.
A lua, como se fosse uma princesa encantada, ia vagando pelo céu, toda vestida de branco, a mandar para a terra a suavidade dos seus alvos véus de virgem.
Lá para as tantas, um de nós encostava a cabeça no companheiro mais próximo e fechava os olhos cansados. Depois outro; depois outro.
E quando vovó Candinha acabava a história, todos nós dormíamos uns encostados aos outros, a sonhar com os palácios do fundo do mar e as princesas maravilhosas.
(Viriato Corrêa, Cazuza, Nacional)
“... aprisionadas em palácios de coral...” Assinale a alternativa que apresenta o sinônimo da palavra grifada anteriormente:
A contadeira de histórias
Não sei se é impressão de meninice, mas a verdade é que, até hoje, não encontrei ninguém que tivesse mais jeito para contar histórias infantis.
Na sua boca, as coisas simples e as coisas insignificantes tomavam um tom de grandeza que nos arrebatava; tudo era surpresa e maravilha que nos entrava de um jato na compreensão e no entusiasmo.
E não sei onde ela ia buscar tanta coisa bonita. Ora eram princesas formosas, aprisionadas em palácios de coral, erguidos no fundo do oceano ou das florestas; ora reis apaixonados que abandonavam o trono para procurar pelo mundo a mulher amada, que as fadas invejosas tinham transformado em coruja ou rã.
Não perdíamos uma só das suas palavras, um só dos seus gestos.
Ela ia contando, contando... Os nossos olhinhos nem piscavam.
A lua, como se fosse uma princesa encantada, ia vagando pelo céu, toda vestida de branco, a mandar para a terra a suavidade dos seus alvos véus de virgem.
Lá para as tantas, um de nós encostava a cabeça no companheiro mais próximo e fechava os olhos cansados. Depois outro; depois outro.
E quando vovó Candinha acabava a história, todos nós dormíamos uns encostados aos outros, a sonhar com os palácios do fundo do mar e as princesas maravilhosas.
(Viriato Corrêa, Cazuza, Nacional)
“... aprisionadas em palácios de coral...” Assinale a alternativa que apresenta o sinônimo da palavra grifada anteriormente: