O dente 22 apresenta um quadro compatível com o diagnóstico...
Paciente com 24 anos de idade, sexo feminino, sofreu
um acidente automobilístico ocorrido havia cerca de 40 minutos,
que resultou na avulsão dos dentes 11 e 21. O exame clínico
mostra a coroa do dente 22 posicionada em direção palatina e
ao exame radiográfico a imagem deste dente mostra-se
encurtada e com maior radiopacidade.
Gabarito comentado
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A alternativa D - luxação lateral, com ruptura e laceração das fibras do ligamento periodontal é a correta.
No contexto do trauma dentário, a luxação lateral ocorre quando o dente é deslocado lateralmente em relação ao alvéolo, geralmente resultando em uma posição mais apical da coroa, como descrito no caso clínico. Este tipo de lesão causa uma ruptura e laceração das fibras do ligamento periodontal, além de frequentemente levar a danos no osso alveolar adjacente.
A descrição da coroa do dente 22 posicionada em direção palatina e a imagem radiográfica mostrando o dente "encurtado" e com maior radiopacidade são indicativos claros de luxação lateral. A radiopacidade aumentada é frequentemente resultado da sobreposição de estruturas ósseas após o deslocamento do dente.
Agora, vamos analisar as outras alternativas:
A - sub-luxação, com ruptura do feixe vásculo-nervoso ao nível do forame apical. A sub-luxação envolve mobilidade do dente sem deslocamento aparente. Não haveria mudança na posição ou aparência radiográfica significativa como descrito no caso.
B - concussão, com estiramento do feixe vásculo-nervoso ao nível do forame apical. Na concussão, o dente não apresenta mobilidade nem deslocamento. Apenas há sensibilidade à percussão, sem alterações radiográficas significativas.
C - luxação extrusiva, com laceração das fibras do ligamento periodontal. A luxação extrusiva envolve o deslocamento do dente para fora do alvéolo em direção axial, o que não condiz com a descrição do dente 22 no caso, que se apresenta deslocado lateralmente.
E - fratura radicular, com ruptura das fibras do ligamento periodontal. Uma fratura radicular implicaria na presença de uma linha de fratura visível na radiografia, o que não é descrito no exame radiográfico do dente.
Compreender a diferença entre esses tipos de trauma é essencial para um diagnóstico adequado e para guiar o manejo clínico correto. A identificação precisa do tipo de luxação é crucial para o tratamento e prognóstico do dente afetado.
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Comentários
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Lateral: Quando o deslocamento é lateral. Obviamente a coroa vai para palatina, pois ninguém leva porrada de dentro pra fora. O alvéolo sofre fratura e, nesses casos, não costuma existir mobilidade pois a unidade acaba travada. Nesse caso, realizamos reposicionamento e contenção semi rígida, já que o osso também foi agredido com fratura. Lembrar de comprimir a tábua óssea, tanto vestibular quanto palatina e readaptar a gengiva.
Na luxação lateral o dente assume nova posição na arcada. Normalmente o dente fica imóvel e na percussão vertical tem som metálico. Necrose dos permanentes em 58% dos casos.
Tratamento: reposicionamento extrusão + recolocação na posição original. Se não houver fratura da parede alveolar contenção por 14 dias. Em caso de fratura óssea contenção por 30 dias. Verificar oclusão e recomendar dieta líquida e pastosa.
Acompanhamento clínico e radiográfico.
luxação lateral : deslocamento do dente de maneira irregular com fratura ou esmagamento do osso alveolar.
tratamento: reposicionamento dental, contenção semi-rigida por 4 semanas e avaliar a necessidade de endodontia.
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