Ministério da Saúde lança campanha de prevenção ao
uso de cigarros eletrônicos
O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer
(Inca) lançaram, nessa quarta-feira (29), campanha de
prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. “De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos,
como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da
indústria do tabaco são uma ameaça, levando a uma
iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce”, destacou a
pasta em nota.
Dados apresentados pelo ministério indicam que crianças e
adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos
duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde
na vida. O mote da campanha é o Dia Mundial Sem Tabaco
2024, lembrado nesta sexta-feira (31) e que, este ano, tem
como tema Proteção das crianças contra a interferência da
indústria do tabaco.
“Por meio de linguagem jovem, a campanha visa a
promover uma mudança de comportamento, além de
proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco,
alertando sobre as táticas da indústria para atrair crianças e
adolescentes, com interesse em garantir e ampliar seu
mercado consumidor.”
O ministério destaca que os dispositivos eletrônicos para
fumar (DEFs), que englobam os cigarros eletrônicos e
outros produtos de tabaco aquecido, têm quantidades
variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, o que faz
com que suas emissões sejam prejudiciais tanto para quem
faz o uso direto quanto para quem é exposto aos aerossóis.
“Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina
podem apresentar a substância em sua composição e suas
emissões são nocivas”, ressaltou a pasta. “A nicotina causa
dependência e pode afetar negativamente o
desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes,
impactando no aprendizado e na saúde mental.”
Ainda de acordo com o ministério, o consumo de tabaco é
considerado importante fator de risco para doenças
cardiovasculares e respiratórias e para mais de 20 tipos ou
subtipos diferentes de câncer, além de outras condições de
saúde classificadas como “debilitantes”.
“Alguns estudos recentes sugerem que o uso de DEFs pode
aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios
pulmonares. Além disso, a exposição à nicotina em
mulheres grávidas pode afetar negativamente o
desenvolvimento cerebral do feto. Já a exposição acidental
de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos, pois os dispositivos podem vazar ou as
crianças podem engolir o líquido ou as cápsulas.”
Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) publicou resolução proibindo a comercialização, a
fabricação e a publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil.
Recentemente, em abril, a diretoria colegiada da agência
revisou a legislação e proibiu a fabricação, a importação, a
comercialização, a distribuição, o armazenamento, o
transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para
fumar.
Disponível em: https://portalcorreio.com.br. Acesso em 31/05/2024.
Adaptado)