Na oração “o que existe, por trás de tamanha degradação, é ...

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Q1624318 Português

O texto a seguir foi extraído de uma crônica do escritor brasileiro Nelson Rodrigues. Examine-o para responder à próxima questão. 


“Hoje é muito difícil não ser canalha. Por toda a parte, só vemos pulhas. E nem se diga que são pobres seres anônimos, obscuros, perdidos na massa. Não. Reitores, professores, sociólogos, intelectuais de todos os tipos, jovens e velhos, mocinhas e senhoras. E também os jornais e as revistas, o rádio e a TV. Quase tudo e quase todos exalam abjeção. E por que essa massa de pulhas invade a vida brasileira? Claro que não é de graça nem por acaso. O que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo. Por medo, os reitores, os professores, os intelectuais são montados, fisicamente montados, pelos jovens. O medo começa nos lares, e dos lares passa para a igreja, e da igreja passa para as universidades, e destas para as redações, e daí para o romance, para o teatro, para o cinema. Somos autores da impostura e, por medo adquirido, aceitamos a impostura como a verdade total. Eu fui, por muito tempo, um pusilânime como os reitores, os professores, os intelectuais, os grã-finos etc., etc. Tive medo, ou vários medos, e já não os tenho. Sofri muito na carne e na alma. Depois de tudo o que passei, o meu medo deixou de ter sentido. Posso subir numa mesa e anunciar de fronte alta: sou um ex-covarde”.

(Texto com adaptações).

Na oração “o que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo”, exerce a função sintática de núcleo do sujeito o termo:
Alternativas

Comentários

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 “o que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo”

→ A frase não está na ordem direta, para facilitar temos que organizar: o medo existe por trás de tamanha degradação.

Fazendo a pergunta ao verbo (o que é que existe por trás de tamanha degradação? resposta o MEDO) percebe-se que o núcleo é a palavra medo.

GABARITO. D

GABARITO -D

É uma peculiaridade do verbo existir!

Na maioria dos casos o seu sujeito vem posposto.

“o que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo

O que existe ?

O medo!

Obs: Para maioria dos gramáticos o Núcleo do sujeito é um substantivo ou um termo de função substantiva.

Bons estudos!

A questão quer saber qual é o núcleo do sujeito. Vejamos:

A ótica do que venha a ser um núcleo de alguma coisa, qualquer que seja, devemos para isso saber o que é o centro, o cerne, a parte mais chamativa, ou seja, a mais importante.

 "O medo é o que existe por trás de tamanha degradação."

O /que existe, por trás de tamanha degradação,/ é o medo.

O trecho apresenta duas orações para avaliação:

1º O medo o é -- oração principal

2º que existe por trás de tamanha degradação--- oração subordinada adjetiva explicativa.

Na 1ª oração temos a seguinte divisão:

O (adjunto adnominal)

Medo (núcleo do sujeito).

É (verbo de ligação)

O ( núcleo do predicativo do sujeito)

Na 2º oração temos a seguinte divisão:

Que (sujeito)

Existe (verbo intransitivo)

Por trás de tamanha degradação ( adjunto adverbial)

Diante da análise feita acima, iremos analisar cada alternativa. Analisemos:

a) Incorreta.

Apenas a partícula "que" se encontra como núcleo do sujeito do verbo existe.

O medo (que) existe por trás de tamanha degradação.

O erro foi apenas ter colocado "o que". Tivesse colocado somente "que", estaria correta.

b) Incorreta.

Faz parte do adjunto adverbial. O adjunto adverbial circunstancia verbo, adjetivo e o próprio advérbio.

Existe em qual lugar? Por trás de tamanha degradação.

O termo não é o núcleo do adjunto adverbial, e sim uma parte acessória. Dessa forma, chamamos de adjunto adnominal, pois é um adjetivo que acompanha o núcleo do adjunto adverbial, que é o substantivo degradação.

c) Incorreta.

Vide a alternativa B

d) Correta.

Como vimos na parte introdutória, o medo é o sujeito da conjugação verbal "é". Dessa forma, temos aqui a nossa resposta.

GABARITO: D

Assertiva D

exerce a função sintática de núcleo do sujeito o termo: medo

Ordem direta : O medo é o que existe por trás de tamanha degradação.

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