Ao avaliarmos um paciente que apresentou tentativa de suicíd...
Entre os fatores de alto risco para uma nova tentativa de suicídio está
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Para resolver questões sobre comportamento suicida na Psiquiatria, é essencial entender os diferentes fatores de risco associados a novas tentativas de suicídio. Ao avaliar pacientes, identificar esses fatores pode orientar o tratamento e a necessidade de intervenções mais intensivas, como internação.
A alternativa correta é: C - a declaração de intenção futura de nova tentativa de suicídio.
Justificativa: A alternativa C destaca um dos principais sinais de risco de uma nova tentativa de suicídio. Quando um paciente verbaliza a intenção de tentar novamente, isso indica uma alta probabilidade de comportamento suicida futuro, exigindo atenção urgente e medidas preventivas.
Análise das alternativas incorretas:
A - o ato impulsivo sem planejamento. Embora a impulsividade possa ser um fator de risco, esta característica isoladamente não é um indicador tão forte quanto a intenção verbalizada de cometer suicídio novamente.
B - a presença de rede de apoio. Na verdade, ter uma rede de apoio é um fator protetivo, reduzindo o risco de novas tentativas de suicídio. O suporte social é crucial para a recuperação do paciente.
D - a ausência de doença atual ou histórico de doença psiquiátrica. A presença de transtornos psiquiátricos é um dos principais fatores de risco, então a ausência deles indica menor risco, não maior.
E - o estado civil casado. Estar casado geralmente é considerado um fator protetivo, pois implica em suporte emocional e social. Assim, essa alternativa não é um indicativo de alto risco.
Lembre-se, ao estudar para concursos, de focar nos fatores de risco claramente evidentes e nas diferenças entre fatores de risco e fatores de proteção. Saber distinguir entre eles é crucial para responder corretamente às questões.
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Existem fatores que aumentam o risco de suicídio, dentre eles:
História de tentativas anteriores de suicídio: Corresponde ao de maior fator preditivo. Um risco aproximadamente 100 vezes maior comparado a população geral.
Transtornos psiquiátricos: Cerca de 90% dos pacientes que tentam suicídio têm um distúrbio psiquiátrico. Os mais associados são: depressão, transtorno bipolar, transtornos de personalidade, abuso de substâncias e esquizofrenia, sendo que a comorbidades tem o pior prognóstico.
História de abuso físico ou sexual: Está associado a maior risco de suicídio, assim como outros eventos adversos na infância como pais divorciados ou transtorno psiquiátrico familiar.
Desesperança e impulsividade: A desesperança pode persistir mesmo quando outros sintomas de depressão tenham remitido. A impulsividade está associada a ação de pensamentos suicidas.
Idade, Sexo e Raça: O risco aumenta com o aumento da idade, no entanto, os adultos jovens tentam o suicídio mais frequentemente do que os adultos mais velhos.
Estado Civil: O maior risco ocorre entre aqueles que nunca se casaram.
Orientação para homossexuais, lésbicas ou bissexuais, ou identidade transgênero ou não-conforme com o gênero: Relaciona-se a dificuldade de aceitação, principalmente pela discriminação e preconceito ainda existentes na sociedade, sobretudo em meios mais conservadores.
Ocupação: O suicídio pode ser maior em pacientes que atuam em ocupações não qualificadas do que em profissões qualificadas. É maior em pessoas desempregadas.
Saúde: O risco aumenta com doenças físicas como câncer, DPOC, DAC, diabetes mellitus, AVC, entre outras.
Dor crônica: Independente de outros fatores duplica o risco de comportamentos suicidas.
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