Primigesta, 26 anos, G2 P1 (N) A0, IG: 29 semanas, tipagem ...

O tema central desta questão é a gestão de uma gestante Rh negativo que apresenta sangramento e tem uma placenta prévia oclusiva parcial. Para resolver a questão, é necessário compreender aspectos relacionados à incompatibilidade sanguínea Rh e o manejo de placentas prévias.

A alternativa correta é a D - Teste de Coombs indireto, se resultado negativo, aplicar imunoglobulina anti-Rh na gestante.

Justificação da alternativa correta:

A paciente é Rh negativo e não se sabe o tipo sanguíneo do parceiro, o que implica um risco potencial de sensibilização Rh, caso o feto seja Rh positivo. Nesta situação, a conduta apropriada é a realização do Teste de Coombs indireto. Este teste verifica se a gestante já possui anticorpos anti-Rh em seu sangue.

Se o resultado do teste for negativo, significa que a mulher ainda não foi sensibilizada, e deve-se aplicar a imunoglobulina anti-Rh (RhoGAM) para prevenir a formação de anticorpos contra o sangue Rh positivo do feto, que pode causar doença hemolítica em gravidezes futuras.

Análise das alternativas incorretas:

A - Dopplerfluxometria da artéria cerebral média para aferir grau de anemia fetal: Esta alternativa não é pertinente ao contexto de prevenção de sensibilização Rh. A dopplerfluxometria é utilizada para avaliar anemia fetal, geralmente em casos de isoimunização já identificada.

B - Teste de Coombs direto: Este teste é feito no sangue do recém-nascido para detectar hemácias já sensibilizadas por anticorpos maternos, não sendo adequado para a situação da gestante Rh negativo sem teste de sensibilização.

C - Teste de Kleihauer, em caso de resultado negativo, aplicar imunoglobulina anti-Rh: O Teste de Kleihauer é usado para quantificar hemorragia feto-materna, mas não é específico para a prevenção de sensibilização Rh. A aplicação de imunoglobulina está correta, mas a testagem inicial proposta é inadequada no contexto.

E - Espectrofotometria do líquido amniótico: Este procedimento é usado para avaliar a gravidade da doença hemolítica fetal pela presença de bilirrubina no líquido amniótico, e não para prevenção de sensibilização Rh.

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A melhor conduta no caso descrito é realizar o teste de Coombs indireto e, se o resultado for negativo, aplicar imunoglobulina anti-Rh na gestante. Isso porque ela tem tipagem sanguínea A Rh negativo, o que sugere a possibilidade de isoimunização Rh (quando a mãe é Rh negativo e o feto é Rh positivo). A presença de sangramento genital e placenta prévia oclusiva parcial aumenta o risco de hemorragia fetal e, consequentemente, de agravamento da isoimunização. O teste de Coombs indireto permite detectar a presença de anticorpos maternos contra o sangue do feto e a imunoglobulina anti-Rh é capaz de neutralizar esses anticorpos, evitando complicações para o feto. É importante destacar que a paciente deveria ter feito o pré-natal e acompanhado a sua sorologia para evitar essa situação de risco para o feto.