Uma companhia aberta apresentou, no balanço patrimonial...
No exercício de 2019, essa companhia submeteu o imóvel a um novo teste de redução ao valor recuperável, estimando em R$ 460.000,00 o valor em uso do imóvel, e em R$ 455.000,00 o valor de venda do referido ativo. A despesa de depreciação do imóvel no referido ano foi de R$ 25.000,00.
Com base nessa situação hipotética, o efeito contábil do teste de redução ao valor recuperável no resultado da companhia, relativamente ao exercício de 2019, foi uma
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Esse teste consiste em comparar o valor líquido contábil (valor contábil após dedução de depreciação/amortização/exaustão) com o valor recuperável. Se o valor recuperável for menor que o valor líquido contábil, este deverá ser ajustado. Por sua vez, o valor recuperável é o maior montante entre o valor justo líquido de despesas de venda do ativo e o seu valor em uso.
Valor contábil líquido em 2019 = R$ 472.000,00 - R$ 25.000,00 = R$ 447.000,00, ou seja, valor contábil de 2018 deduzido da depreciação ocorrida em 2019.
Valor justo líquido = R$ 455.000,00
A perda por redução ao valor recuperável, reconhecida em períodos anteriores, deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável de serviço do ativo desde a data em que a última perda foi reconhecida.
O aumento do valor contábil do ativo, atribuível à reversão da perda por redução ao valor recuperável, não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação) caso nenhuma perda tivesse sido reconhecida para o ativo em períodos anteriores. A reversão da perda por redução ao valor recuperável do ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período.
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Trata-se da aplicação do impairment.
⇉ Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.
⇉ Valor recuperável de um ativo é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.
⇉ Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
➤ Dados:
- Em 31/12/18:
(+) Ativo Imobilizado: R$ 472.000
(-) Depreciação Acumulada: R$ 25.000
(-) Perdas no Valor Recuperável: R$ 3.000
(=) Valo contábil líquido: R$ 444.000
- Em 2019, houve teste de recuperabilidade:
⇢ Despesa de depreciação: R$ 25.000
⇢ Valo contábil líquido antes da recuperabilidade e após nova depreciação=R$ 444.000 - R$ 25.000=R$ 419.000
⇢ Valor de uso: R$ 460.000
⇢ Valor justo líquido da despesa de venda: R$ 455.000
➤ Resolução: o efeito contábil do teste de redução ao valor recuperável no resultado, em 2019, foi:
O Valor recuperável é o maior entre valor em uso (R$ 460.000) e valor justo líquido da despesa de venda (R$ 455.000). Portanto, é no montante de R$ 460.000.
Comparando o valor contábil com o valor recuperável:
↳ Se valor contábil > valor recuperável=efetuar ajuste.
↳ Caso contrário, nenhum ajuste é realizado.
O valor contábil (R$ 419.000) é MENOR que o valor recuperável (R$ 460.000), logo, NÃO há perda por impairment. Mas e o Impairment de 2018 de R$ 3.000?
Segundo o item 119 do CPC 01, "A reversão de perda por desvalorização de um ativo [...] deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período".
Como já havia Impairment acumulado de R$ 3.000, então é necessário reverter esse montante, reconhecendo, assim, uma receita em igual montante.
Gabarito: Letra C.
Ano 2018
ATIVO IMOBILIZADO ............472.000
imoveis de uso .......................500.000
(-) depreciação........................25.000
(-) perda...................................3.000
Em 2019, houve teste de recuperabilidade:
⇢ Despesa de depreciação: R$ 25.000
⇢ Valo contábil líquido antes da recuperabilidade e após nova depreciação=R$ 472.000 - R$ 25.000=R$ 447.000
⇢ Valor de uso: R$ 460.000
⇢ Valor justo líquido da despesa de venda: R$ 455.000
O Valor recuperável é o maior entre valor em uso (R$ 460.000) e valor justo líquido da despesa de venda (R$ 455.000). Portanto, é no montante de R$ 460.000.
O valor contábil (R$ 447.000) é MENOR que o valor recuperável (R$ 460.000),
logo, NÃO há perda por valor recuperável.
É necessário reverte o montante reconhecido como perda ao valor recuperável conforme MCASP ed.9
Logo, será reconhecida uma receita no valor de 3.000.
MCASP 9ED.
A reversão da perda por redução ao valor recuperável reflete o aumento no valor recuperável de serviço estimado do ativo, seja pelo seu uso ou pela sua venda, desde a data em que a entidade reconheceu a última perda por redução ao valor recuperável para esse ativo.
A perda por redução ao valor recuperável, reconhecida em períodos anteriores, deve ser revertida se, e somente se, tiver havido mudança nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável de serviço do ativo desde a data em que a última perda foi reconhecida.
O aumento do valor contábil do ativo, atribuível à reversão da perda por redução ao valor recuperável, não deve exceder o valor contábil que teria sido determinado (líquido de depreciação) caso nenhuma perda tivesse sido reconhecida para o ativo em períodos anteriores.
A reversão da perda por redução ao valor recuperável do ativo deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período.
Depois que a reversão da perda por redução ao valor recuperável for reconhecida, a despesa de depreciação para o ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos o seu valor residual (se aplicável), em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente.
- Reversão da perda por redução ao valor recuperável: Esse conceito se refere a uma situação em que uma empresa havia reconhecido anteriormente uma perda por desvalorização de um ativo, mas posteriormente percebe que as condições mudaram e o valor do ativo aumentou. Nesse caso, a empresa pode reverter a perda anteriormente reconhecida para refletir o aumento no valor do ativo.
- Mudança nas estimativas: A reversão da perda só é apropriada se houve uma mudança significativa nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo desde a data em que a última perda foi reconhecida. Isso significa que se as estimativas permanecerem inalteradas ou se o valor recuperável do ativo não aumentar, não há base para reverter a perda.
- Limite da reversão: Mesmo que haja uma mudança nas estimativas que justifique a reversão da perda, o valor da reversão não pode exceder o valor contábil que o ativo teria se nenhuma perda tivesse sido reconhecida anteriormente. Em outras palavras, a reversão não pode fazer com que o valor contábil do ativo seja maior do que o valor que teria sido caso nenhuma perda tivesse sido reconhecida. C
CALCULO
- Perda por Redução ao Valor Recuperável:
- Determine o valor contábil do ativo: Este é o valor pelo qual o ativo está registrado no balanço patrimonial da empresa.
- Determine o valor recuperável do ativo: O valor recuperável é o maior valor entre o valor justo do ativo (o preço que seria obtido pela venda do ativo em uma transação de mercado entre partes independentes) e o valor em uso do ativo (o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados que o ativo irá gerar).
- Calcule a perda por redução ao valor recuperável: A perda é a diferença entre o valor contábil do ativo e seu valor recuperável. Se o valor contábil for maior que o valor recuperável, a diferença é reconhecida como uma despesa no resultado do período.
- Reversão da Perda por Redução ao Valor Recuperável:
- Verifique se houve uma mudança nas estimativas: Se as estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável do ativo mudaram desde a última vez em que uma perda por redução ao valor recuperável foi reconhecida, você pode considerar a reversão da perda.
- Calcule o aumento no valor recuperável: Se houve uma mudança nas estimativas e o valor recuperável do ativo aumentou, calcule essa diferença.
- Reverta a perda anteriormente reconhecida: Se o aumento no valor recuperável for suficiente para justificar a reversão da perda, o valor da reversão será igual à diferença entre o valor recuperável recalculado e o valor contábil do ativo na data da reversão. Esta reversão deve ser reconhecida imediatamente no resultado do período.
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