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Q47877 Português
Assinale a alternativa em que ocorre uma divergência entre a norma padrão e a norma culta no aspecto da colocação pronominal:
Alternativas

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Vamos analisar a questão proposta, que trata sobre a colocação pronominal, um tópico importante dentro da morfologia na Língua Portuguesa. A pergunta pede que identifiquemos a alternativa onde há uma divergência entre a norma padrão e a norma culta no uso dos pronomes.

A colocação pronominal refere-se à posição que os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, etc.) ocupam em relação ao verbo. Essas posições podem ser: próclise (antes do verbo), mesóclise (no meio do verbo) e ênclise (após o verbo).

Alternativa D - Me dá um beijo, meu amor.

Esta é a alternativa correta. A frase apresenta um erro na colocação pronominal. Segundo a norma culta, em orações iniciadas por verbo, a colocação pronominal adequada é a ênclise. Portanto, a forma correta seria: Dá-me um beijo, meu amor.

Agora, vamos analisar as outras alternativas para entender por que estão corretas segundo a norma padrão:

Alternativa A - Dê-me uma nova esperança, querido.

Aqui temos um caso de ênclise, que está correta porque o verbo está no modo imperativo afirmativo. É um exemplo clássico de colocação pronominal permitida pela norma culta.

Alternativa B - Todos nos invejam, porque existe amor entre nós.

Apresenta próclise devido à presença da palavra todos, que atrai o pronome para antes do verbo. Está correta segundo a regra de que pronomes oblíquos devem ser precedidos por palavras que os atraiam.

Alternativa C - Eu, que te amo, tu, que me amas, seremos felizes.

Essa frase está correta porque a próclise é justificada pela conjunção relativa que, que atrai o pronome para antes do verbo.

Alternativa E - Espero-te amanhã, meu rei.

Utiliza a ênclise corretamente, pois não há nenhum elemento que justifique a próclise. A oração está na ordem direta, favorecendo a colocação do pronome após o verbo.

Conclusão: A alternativa que apresenta uma divergência na colocação pronominal, de acordo com a norma culta, é a alternativa D. Para melhorar a sua compreensão sobre o tema, lembre-se sempre de verificar a presença de palavras que atraem próclise (como advérbios de negação, pronomes relativos, conjunções subordinativas) e contextos que exigem ênclise, como no início de orações ou após pausas.

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Alternativa - dAINDA NÃO ACEITA NA LINGUAGEM CULTA FORMAL, A COLOCAÇÃO DO PRONOME ÁTONO EM INÍCIO DE FRASE é permitida na linguagem informal e nos diálogos - pode ser "proibida", mas não é inviável, portanto. Celso Cunha e Lindley Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo (1985: 307), observam que essa possibilidade - especialmente com a forma me - é característica do português do Brasil e também do português falado nas repúblicas africanas. E citam exemplos de Erico Veríssimo e Luandino Vieira, respectivamente: Me desculpe se falei demais. / Me arrepio todo...E já escrevia Mário de Andrade, em "Turista Aprendiz": Se sente que o dia vai sair por detrás do mato. Em todo caso, deve-se evitar o uso do pronome "se" no começo da frase porque ele pode induzir o leitor a pensar que se trata da conjunção condicional se.
ERRADA A ALTERNATIVA D!REGRA BÁSICA DA PRÓCLISE: JAMAIS COMECE A FRASE COM PRÓCLISE OU SEJA O PRONOME OBLÍQUO ATONO NO INICIO. EX: ME PARECE QUE VI ISSO (ERRADO) , PARECE-ME QUE VI ISSO (CORRETO)
Simplesmente não é acertado começar períodos com pronomes oblíquos.

D) Não se inicia período com pronome oblíquo átono.

Macete: Te amo (ERRADO)

Amo-te (CERTO)

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