De acordo com a leitura do TEXTO I, seu título se refere ao ...
TEXTO I
Isso é muita sabedoria
Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer.
Clarice Lispector
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Vamos analisar a questão de interpretação de texto proposta.
Tema: Interpretação de texto.
O texto de Clarice Lispector aborda a complexidade do amor e a ideia de que ele não pode ser forçado ou mendigado. O título "Isso é muita sabedoria" relaciona-se com a compreensão de que o amor deve surgir de forma espontânea, e não ser solicitado ou exigido.
Análise da Alternativa Correta (C):
C - perceber que amor não se pede.
Esta alternativa é a correta, pois reflete diretamente a mensagem central do texto. Clarice Lispector destaca que o amor não pode ser obtido por insistência e que, ao não obtermos o afeto desejado, é mais sábio não insistir, pois o amor surge naturalmente, sem imposições.
Justificativas das Alternativas Incorretas:
A - desistir do amor.
Embora o texto sugira deixar de insistir em um amor não correspondido, ele não propõe desistir do amor em si, mas sim buscar um amor que aconteça espontaneamente. Portanto, esta alternativa distorce a mensagem do texto.
B - tentar incansavelmente a reciprocidade afetiva.
Esta opção contradiz diretamente o texto, que aconselha a não fazer esforços inúteis para obter amor, já que este deve ser natural e não fruto de insistência.
D - perceber quem te ama de verdade.
Embora o texto mencione que, muitas vezes, amamos quem nos ama mal, a mensagem principal não é sobre identificar quem nos ama verdadeiramente, mas sim sobre a espontaneidade do amor. Portanto, esta alternativa não reflete o ponto central do texto.
Para melhorar sua interpretação textual, fique atento a palavras-chave e à mensagem central do texto. Busque entender a relação entre o título e o conteúdo do texto, como fizemos aqui.
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Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer.
Nesses trechos (vermelho) fica enfatizado que o amor não se pede, correspondendo a alternativa C
O AMOR NAO SE PEDE, AFINAL DO INICIO AO FIM O TEXTO DIZ PARA NAO INSISTIR DEPOIS DE UM FORA
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