Em “Afinal, não é somente na escola que aprendemos novos val...
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Ano: 2017
Banca:
IDECAN
Órgão:
Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo - MG
Prova:
IDECAN - 2017 - Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo - MG - Agente de Endemias |
Q1115554
Português
Texto associado
Violência no ambiente escolar
Toda semana são noticiados casos de violência nas escolas brasileiras. Infelizmente, o problema não é um exagero
criado pela mídia, mas sim uma realidade enfrentada diariamente por milhares de professores das redes pública e
privada.
Dentre os casos mais comuns de violência, podemos citar as ameaças feitas por alunos a professores, sobretudo a
respeito de baixo rendimento escolar. Uma nota abaixo da média nem sempre é entendida como um alerta para que o
aluno melhore e estude com mais afinco: para muitos estudantes, a nota é compreendida como ofensa pessoal. Alguns
ficam no enfrentamento verbal, enquanto outros partem para agressão física ou danos a bens do professor, sobretudo
carros (pneus furados são os relatos mais comuns). Depredações a patrimônios da escola e arrombamentos de salas
também integram o vasto rol de atitudes violentas no ambiente escolar. O tipo de violência mais comum, entretanto, se
dá entre os próprios estudantes.
Apesar de a violência física estampar um número muito maior de manchetes, é a violência moral que mais assusta
aos professores de todos os níveis de ensino, desde o Infantil ao Superior. Xingamentos, gestos obscenos, perturbações,
indisciplina. Problemas que atrapalham o andamento das atividades pedagógicas e os relacionamentos dentro da
escola. Os casos de bullying – a violência moral entre os próprios alunos – também chocam educadores e familiares,
inclusive ultrapassando os muros da escola e chegando ao ambiente virtual, onde situações vexatórias de alunos podem
ser acessadas por qualquer pessoa.
Apontar as causas para a violência no ambiente escolar é uma tarefa árdua, que demanda uma grande quantidade
de informações, estatísticas, pesquisas e, até mesmo, suposições. Problemas familiares, de relacionamento, baixa
autoestima, falta de segurança, drogas, pouca participação dos familiares, exclusão social, entre outras, são algumas das
possíveis origens para a violência. Na realidade, situações violentas no âmbito escolar espelham os problemas sociais e
o clima violento presentes no País e no mundo.
Contudo, sabe-se que a solução para a violência não está unicamente na repressão, mas sim num Projeto
Político-Pedagógico que contemple outras instâncias além do ensino-aprendizado. É preciso envolver os familiares, a
comunidade e o poder público para que o problema seja discutido e novas ações sejam planejadas para minimizar o
problema. Afinal, não é somente na escola que aprendemos novos valores e perspectivas.
Uma das soluções encontradas pelas escolas é envolver, cada vez mais, os alunos em projetos fora da sala de aula,
que tornem a experiência acadêmica muito mais ampla e prazerosa do que o ensino tradicional. É preciso que o
professor esteja ciente de que, por vezes, se a classe vive situações conflituosas, vale mais a pena estimular uma
conversa do que ministrar uma aula que não será bem aproveitada. Se o aprendizado do conteúdo é importante,
fundamental mesmo é promover a criação de laços de solidariedade entre a comunidade acadêmica, fornecer subsídios
para o exercício pleno da cidadania e preparar os estudantes para uma vivência ética em sociedade.
(Por Lideli Crepaldi. Revista do professor. Disponível em: http://www.revistaoprofessor.com.br/wordpress/?p=102. Acesso em: 14/10/2016. Adaptado.)
Em “Afinal, não é somente na escola que aprendemos novos valores e perspectivas.” (5º§), o termo “afinal” pode ser
substituído, sem perda semântica, por: