Ao abordar a questão do objeto do planejamento, Myrian V. Ba...

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Ano: 2014 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC
Q1189560 Serviço Social
Ao abordar a questão do objeto do planejamento, Myrian V. Baptista (2000) considera que: 
1. O objeto do planejamento da intervenção profissional é o segmento da realidade que lhe é posto como desafio, é o aspecto determinado de uma realidade total sobre o qual irá formular um conjunto de reflexões e de proposições para a intervenção. 
2. À medida que a realidade social é dinâmica e, também, que o processo para apreendê-la se faz por sucessivas aproximações, não existe um momento no qual se possa dizer que se tenha perfeitamente delineado o objeto da intervenção: ele vai se construindo e reconstruindo permanentemente no decorrer de toda a ação planejada, em função de suas relações com o contexto que o produziu, sendo modificado e modificando-o permanentemente. 
3. Na prática, a (re) construção do objeto da ação profissional é um processo que envolve operacionalização das demandas institucionais, das pressões dos usuários e das decisões profissionais. Uma vez que a intervenção e o planejamento da ação profissional se realizam primordialmente nas instituições, é a demanda institucional o ponto de partida e o ponto de referência para a construção e para o planejamento da intervenção. 
4. O ponto de referência deve sempre ser as demandas da população; caso contrário o profissional estará fadado a reproduzir as relações de poder vigentes, se afastando do projeto ético-político defendido pela categoria. É preciso assumir essas demandas da população, entendendo-as como reveladoras de suas necessidades sociais mais essenciais. 
5. O processo reconstrutivo do objeto se assenta sobre a percepção de que as questões tratadas na prática se colocam em níveis diferentes e de intervenção – do campo das microinterações ao das relações mais amplas – e que a ampliação desse âmbito interventivo não significa o abandono ou desqualificação da questão colocada pela instituição, mas a sua superação. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas

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A alternativa correta é a E, que afirma serem corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 5. Para entender por que essa é a resposta adequada, vamos discorrer sobre os pontos principais abordados nas afirmativas e no contexto do planejamento em Serviço Social.

A afirmativa 1 destaca que o objeto do planejamento na intervenção profissional é um segmento específico da realidade que apresenta desafios ao profissional. Isso implica que o planejamento não abarca a realidade em sua totalidade, mas foca em aspectos particulares que necessitam de ação profissional.

A afirmativa 2 enfatiza a natureza dinâmica da realidade social e o processo de apreensão dessa realidade como algo contínuo. Ou seja, o objeto de intervenção não é fixo; ele é construído e reconstruído ao longo da ação planejada, em constante interação com o contexto social.

Na afirmativa 3, ressalta-se que a (re)construção do objeto da ação profissional é um processo complexo e dinâmico, que envolve não apenas as demandas institucionais, mas também as pressões dos usuários e as decisões profissionais. O serviço social deve operacionalizar e responder a essa multiplicidade de demandas no contexto institucional.

A afirmativa 4 não foi considerada correta pois, embora as demandas da população sejam essenciais, o planejamento em serviço social deve considerar também as demandas institucionais e o contexto mais amplo. A prática profissional não se limita a uma perspectiva ou fonte de demandas.

Por fim, a afirmativa 5 aponta para a necessidade de entender as práticas do serviço social em diferentes níveis de intervenção. Isso implica reconhecer que, embora as demandas institucionais sejam um ponto de partida, é importante superá-las e incorporar uma compreensão mais abrangente das questões sociais.

Com base nesse entendimento, podemos justificar que a alternativa E está correta, pois reconhece a complexidade do objeto de intervenção no planejamento em serviço social, que é influenciado por um contexto dinâmico, envolve múltiplos atores e demandas, e requer uma abordagem que considere tanto o micro quanto o macro níveis das interações sociais.

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