Leia o fragmento destacado: “Deveria ser claro que "as praca...
Leia o fragmento destacado:
“Deveria ser claro que "as praca" é outra maneira de dizer (ou de transcrever) "as placas". Uma maneira marcada socialmente, claro. As diferenças são duas variantes regulares (importante!), cujos percentuais de ocorrência podem ser medidos em uma pesquisa, se o cidadão tiver interesse e fundos e tempo e competência [...]”
Sobre esse fragmento, analise as afirmativas a seguir:
I. A repetição da conjunção “e”, aditiva, em vez de vírgulas, constitui um erro a ser evitado em texto escrito formal.
II. A repetição da conjunção “e”, numa figura denominada polissíndeto, constrói um efeito de reiteração.
III. O pronome relativo “cujos” concorda com “percentuais” e equivale à preposição “de”.
IV. O pronome relativo “cujos” indica posse e pode ser substituído pelo pronome “que”.
Estão CORRETAS as afirmações:
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Comentários
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A afirmativa I está incorreta, pois a repetição da conjunção “e” não é um erro, mas uma figura de linguagem chamada polissíndeto, que consiste em repetir a conjunção “e” para enfatizar uma ideia.
A afirmativa II está correta, pois o polissíndeto é uma figura de linguagem que constrói um efeito de reiteração, ou seja, de repetição de uma ideia ou de um sentimento.
A afirmativa III está correta, pois o pronome relativo “cujos” concorda em gênero e número com o termo antecedente “percentuais” e equivale à preposição “de” mais o pronome “que”.
A afirmativa IV está incorreta, pois o pronome relativo “cujos” não pode ser substituído pelo pronome “que”, pois perderia a ideia de posse ou de relação entre os termos.
Nas minhas anotações, o uso da vírgula nos polissíndetos é sempre obrigatória.
"[...] se o cidadão tiver interesse e fundos e tempo e competência [...]”
"[...] se o cidadão tiver interesse, e fundos, e tempo, e competência [...]"
Trata-se da seguinte regra...
Utilização da vírgula antes do conector “e”:
Se houver um polissíndeto, a vírgula é obrigatória.
Exemplo: Ela clamava, e chorava, e implorava, e desejava outra vida.
O pronome relativo (para muitos o determinante relativo) cujo tem algumas características que o individualizam. Ele tem não só um antecedente, mas também um consequente e é com esse consequente que concorda em género e número. Além disso, veicula um sentido de posse e pode ser substituído por do qual, ou por dele.
Lembrete: revisar questão e comentários.
GAB LETRA C
"Polissíndeto é a figura de construção caracterizada pela repetição de conjunções, o que muitas vezes acaba gerando um efeito de intensificação do discurso. Observe:
“Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.” (Rubem Braga)
“Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Índios e padres e bichas, negros e mulheres e adolescentes fazem o carnaval” (Caetano Veloso)"
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