Sobre os princípios que devem ser empregados como norteador...
( ) Pacientes ansiosos por envolvimento e que se arriscam na exposição a riscos sociais atrapalharão o trabalho de grupo.
( ) Os pacientes repaginam seus padrões de relacionamento peculiares dentro do microcosmo grupal.
( ) Um paciente que seja rigidamente dominador, constitui uma característica sugestiva de possível papel de vestal para o trabalho do grupo.
( ) Os pacientes que são menos confiáveis, menos altruístas ou menos cooperativos possivelmente encontrarão barreiras com a exploração e com o feedback interpessoal.
( ) Variáveis relacionadas à personalidade e ao apego são apontadores mais importantes do comportamento no grupo do que o diagnóstico.
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A alternativa correta é a C.
Vamos analisar cada assertiva para entender o porquê:
( ) Pacientes ansiosos por envolvimento e que se arriscam na exposição a riscos sociais atrapalharão o trabalho de grupo.
Esta assertiva é falsa. De acordo com Yalom & Leszcz (2006), pacientes que se arriscam na exposição a riscos sociais podem, na verdade, facilitar o trabalho de grupo ao promover a abertura e a autenticidade entre os membros. Eles tendem a ser catalisadores de discussões profundas e significativas.
( ) Os pacientes repaginam seus padrões de relacionamento peculiares dentro do microcosmo grupal.
Esta assertiva é verdadeira. Segundo os autores, o grupo terapêutico funciona como um microcosmo onde os pacientes replicam seus padrões de relacionamento do mundo externo. Isso proporciona uma oportunidade única para observar e trabalhar esses padrões dentro de um ambiente seguro e controlado.
( ) Um paciente que seja rigidamente dominador, constitui uma característica sugestiva de possível papel de vestal para o trabalho do grupo.
Esta assertiva é falsa. Pacientes rigidamente dominadores podem de fato dificultar a dinâmica grupal, uma vez que tendem a monopolizar as discussões e inibir a participação dos demais. Isso não é considerado um papel de vestal, que geralmente se refere a um guardião ou mantenedor da coesão e normas do grupo.
( ) Os pacientes que são menos confiáveis, menos altruístas ou menos cooperativos possivelmente encontrarão barreiras com a exploração e com o feedback interpessoal.
Esta assertiva é verdadeira. Pacientes que apresentam essas características podem ter mais dificuldade em se engajar plenamente nas atividades do grupo, já que a confiança, o altruísmo e a cooperação são fundamentais para a dinâmica positiva e para o intercâmbio de feedback no grupo terapêutico.
( ) Variáveis relacionadas à personalidade e ao apego são apontadores mais importantes do comportamento no grupo do que o diagnóstico.
Esta assertiva é verdadeira. Yalom & Leszcz (2006) enfatizam que características de personalidade e estilos de apego são frequentemente mais preditivos de como um paciente se comportará no grupo do que o diagnóstico clínico isolado. Essas variáveis influenciam diretamente as interações interpessoais e a dinâmica grupal.
Portanto, a sequência correta é F, V, F, V, V, que corresponde à alternativa C.
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Apenas complementando:
Fatores terapêuticos da psicoterapia em grupo propostos por Yalom.
1. Instilação de esperança
2. Universalidade
3. Compartilhamento de informações
4. Altruísmo
5. Recapitulação corretiva do grupo familiar primário
6. Desenvolvimento de técnicas de socialização
7. Comportamento imitativo
8. Aprendizagem interpessoal
9. Coesão grupal
10. Catarse
11. Fatores existenciais
Fonte: IRVIN D. YALOM. Psicoterapia de Grupo. Disponível em: https://www.larpsi.com.br/media/mconnect_uploadfiles/c/a/cap_01_p.pdf
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