Mulher, 50 anos, está em pré-operatório de um adenocarcinom...

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Q1969572 Medicina
Mulher, 50 anos, está em pré-operatório de um adenocarcinoma do cólon ascendente, com proposta curativa. O tumor foi descoberto devido a enterorragias recorrentes. Ela é hipertensa, em uso de losartana. Nega outras comorbidades. No dia-adia, é faxineira e não apresenta dor precordial ou sintomas respiratórios. Exame físico normal e PA = 134 x 94 mmHg. Exames complementares mostram eletrocardiograma, radiografia de tórax, hemograma e bioquímica normais. Na avaliação do “risco cirúrgico”, a conduta mais apropriada é: 
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Alternativa Correta: B - liberar para a cirurgia.

A questão aborda a avaliação do risco cirúrgico em uma paciente de 50 anos com adenocarcinoma do cólon ascendente. É crucial compreender como determinar se um paciente está apto para uma cirurgia de grande porte com base em sua condição clínica e exames complementares.

Vamos agora detalhar a justificativa para a alternativa correta e analisar por que as outras alternativas estão incorretas.

Justificativa para a Alternativa Correta (B - liberar para a cirurgia):

A paciente apresenta um quadro clínico estável: ela é hipertensa controlada sob tratamento com losartana, sem outras comorbidades significativas. Os exames complementares, como eletrocardiograma, radiografia de tórax, hemograma e bioquímica, estão normais. Além disso, não apresenta sintomas cardiorrespiratórios relevantes, e sua pressão arterial está razoavelmente controlada (134 x 94 mmHg). Esses fatores indicam que ela está apta para realizar a cirurgia sem necessidade de modificações no tratamento ou avaliação adicional.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - trocar o anti-hipertensivo por anlodipino: Não há evidência de descontrole pressórico ou efeitos adversos causados pela losartana que justifiquem a troca de medicação antes da cirurgia.

C - iniciar betabloqueador: Betabloqueadores são indicados em situações específicas, como doença arterial coronariana ou arritmias. Como a paciente não apresenta tais condições, essa intervenção não é necessária.

D - pedir estratificação cardiovascular com teste funcional: A estratificação cardiovascular é indicada em pacientes com sintomas ou riscos cardíacos elevados. Neste caso, a ausência de sintomas e a normalidade dos exames não justificam essa abordagem.

E - iniciar estatina e clonidina: Estatinas são usadas para controle de dislipidemia e clonidina para manejo de hipertensão resistente. Não há indicação para iniciar essas medicações na paciente, considerando seu perfil clínico atual.

Espero que esta explicação tenha esclarecido suas dúvidas sobre como avaliar o risco cirúrgico de forma prática e objetiva. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

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A conduta mais apropriada para avaliação do "risco cirúrgico" dessa paciente é a alternativa B - liberar para a cirurgia. Embora a paciente seja hipertensa e em uso de losartana, sua pressão arterial está controlada e ela não apresenta outras comorbidades ou sintomas que possam aumentar o risco cirúrgico. Além disso, os exames complementares estão normais. Não há indicação para a troca do anti-hipertensivo, início de betabloqueador, estratificação cardiovascular ou início de estatina e clonidina nesse caso. Portanto, a paciente pode ser liberada para a cirurgia com segurança.

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