A partir, sobretudo, da década de 1970, como resposta à cri...

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Q483249 Serviço Social
A partir, sobretudo, da década de 1970, como resposta à crise do capital, a economia mundial sofreu intensas mudanças que afetaram o capitalismo nas esferas da produção e das relações sociais.
Isso significa que
Alternativas

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Vejamos as considerações de Iamamoto (2000) , em sua obra "O Serviço Social  na Contemporaneidade".

A crise desse padrão de acumulação eclode em meados da década de 1970, quando a economia mundial apresenta claros sinais de estagnação, com altos índices inflacionários e com uma mudança na distribuição do poder no cenário mundial. O Japão e a Alemanha tornam-se países fortes e competitivos, fazendo com que os Estados Unidos deixem de ser a única força econômica no ocidente. Ao mesmo tempo, na década de 1980, com o desmonte do Leste Europeu, há um redimensionamento das relações de poder no mundo. Estabelece-se intensa concorrência por novos mercados, acirrando a competitividade intercapitalista, que passa a exigir mudanças no padrão de produção.

Prossegue a autora, o projeto neoliberal surge como uma reação ao Estado do Bem-Estar Social, contra a social democracia. Com a crise dos anos 1970, as idéias neoliberais são assumidas como "a grande saída", preconizando a desarticulação do poder dos sindicatos, como condição de possibilitar o rebaixamento salarial, aumentar a competitividade dos trabalhadores e impor a política de ajuste monetário. Essas medidas têm por fim atingir o poder dos sindicatos, tornar possível a ampliação da taxa "natural" de desemprego, implantar uma política de estabilidade monetária e uma reforma fiscal que reduza os impostos sobre as altas rendas favoreça a elevação das taxas de juros, preservando os rendimentos do capital financeiro.

            Em linhas gerais, nos anos 70 se evidenciou a crise do fordismo 
            norte-americano. E as mobilizações que haviam movimentado as 
            instituições de poder desde o final da década de 60, rebelando-se 
            contra aquele padrão de trabalho e de vida não conseguiram impor 
            outra alternativa. Nesta medida, o enfraquecimento da resistência 
            dos trabalhadores foi um fator importante para abrir caminho ao 
            movimento do capital.
            Desta forma, os desdobramentos da crise da década de 70 englobam 
            mudanças fundamentais, que se tornam evidentes com o esgotamento do 
            padrão fordista. Nas palavras de Antunes:

            “Como resposta à sua própria crise, iniciou-se um processo de 
            reorganização do capital e de seu sistema ideológico e político de 
            dominação, cujos contornos mais evidentes foram o advento do 
            neoliberalismo, com a privatização do Estado, a desregulamentação 
            dos direitos do trabalho e a desmontagem do setor produtivo estatal, 
            da qual a era Thatcher-Reagan foi expressão mais forte; a isso se 
            seguiu também um intenso processo de reestruturação da produção e do 
            trabalho, com vistas a dotar o capital do instrumental necessário 
            para tentar repor os patamares de expansão anteriores” (Antunes, 
            2002, p. 31).

            Neste momento inicia-se uma mutação no interior do padrão de 
            acumulação, visando alternativas que dessem um novo dinamismo ao 
            processo produtivo que dava sinais de esgotamento. O capital iniciou 
            um processo de reorganização de suas formas de dominação, não só 
            reorganizando em termos capitalistas de produção, mas também 
            buscando a gestão da recuperação de sua hegemonia nas diversas 
            esferas da sociabilidade(4).
            Intensificam-se as transformações no processo produtivo, através do 
            avanço tecnológico, da constituição de formas de acumulação flexível 
            e dos modelos alternativos ao binômio taylorismo/fordismo, no qual 
            se destaca especialmente o modelo toyotista(5) ou modelo japonês.
            O toyotismo assume e desenvolve novas práticas gerenciais e 
            empregatícias tais como just in time/kanban(6), controle de 
            qualidade total e engajamento estimulado. Elas surgem como uma nova 
            via de racionalização do trabalho, centradas na produção enxuta(7) 
            (também denominada lean production), adequadas a uma nova ordem do 
            capitalismo mundial. 

http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/marcia.html

A partir da década de 1970, como resposta à crise do capital, a economia mundial sofreu intensas mudanças que afetaram o capitalismo nas esferas da produção e das relações sociais. Isso significa que:

- o enfrentamento da crise significou alterações tecno- lógicas na organização do trabalho e na esfera estatal.

Sobre a assertiva B a saída da crise econômica levou à constituição de um novo modo de produção social chamado de acumulação flexível.

Errei outra questão com essa mesma lógica.

Ano: 2014 Banca: Cespe  Órgão: TJ (...)

Acerca do trabalho na era da reestruturação reprodutiva e da mundialização do capital, julgue o item.

A reestruturação produtiva diz respeito ao processo de mudança no modo de produção capitalista com vistas a sua dinamização.

 Não ocorreu uma nova forma de produção, mas sim uma reorganização endógena do mesmo modo de Produção, através da reestruturação do seu sistema de produção de mercadorias e do próprio trabalho. Visava, com sucesso, a retomada das altas taxas de lucro do Capital através do neoliberalismo. (palavras do colega Fabiano Santos)

o erro da B foi dizer que a saída criou um novo modo de produção, quando se trata de um novo regime de acumulação do modo de produção capitalista, uma nova articulação dentro do mesmo sistema

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