Entende-se que no contexto do segundo e do terceiro parágraf...
Da morte para a vida
Um velho professor e médico cardiologista foi abordado pelo jovem aluno: − Mestre, dizem as estatísticas que é altíssima a incidência de mortes por causas cardíacas. O professor respondeu prontamente: − E do que você preferiria que as pessoas morressem? Lembrava ao discípulo, com isso, os limites do homem e da ciência, que fazem frente às aspirações ideais das criaturas, ao seu anseio de imortalidade.
Sendo inevitável, nem por isso deixa a morte de prestar algum serviço aos vivos. Não, não me refiro à morte dos monstros antropomórficos que volta e meia põem em risco nossa humanidade; falo dos corpos que continuam de alguma forma vivos nos órgãos transplantados, nas aulas de anatomia, corpos que, investigados, ajudam a esclarecer os caminhos da moléstia que os vitimou. Falo dos préstimos que os homens sabem tomar da morte.
Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para viver melhor. É o que afirmavam os velhos pensadores estoicos, quando lembravam que o bem viver é também a melhor preparação possível para a morte. Lembrarmo-nos sempre de nossa finitude é mais do que uma lição de humildade: é um convite para intensificar o sentido do tempo de que dispomos para seguir na vida. É de Sêneca esta lição: “Vivo de modo que cada dia seja para mim a vida toda; e não me apego a ele como se fosse o último, mas o contemplo como se pudesse também ser o último”.
(Anastácio Fontes Ribeiro, inédito)
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Comentários
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LETRA D '...falo dos corpos que continuam de alguma forma vivos nos órgãos transplantados, nas aulas de anatomia, corpos que, investigados, ajudam a esclarecer os caminhos da moléstia que os vitimou..."/"... Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para viver melhor..."
Gabarito: Letra D
De fato, a resposta se encontra nos parágrafos 2° e 3°, respectivamente.
Benefícios de uma observação científica (2° parágrafo): falo dos corpos que continuam de alguma forma vivos nos
órgãos transplantados, nas aulas de anatomia, corpos que, investigados, ajudam a esclarecer os caminhos da moléstia que os
vitimou
Intensificação do sentido mesmo do que seja viver (3° parágrafo): Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para viver melhor. É o que afirmavam os velhos pensadores estoicos, quando lembravam que o bem viver é também a melhor preparação possível para a morte.
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C e D muito parecidas. Entretanto, o erro da C está em "ideais filantrópicos", que em momento algum foram trabalhados no texto.
''préstimos que os homens sabem tomar da morte'' ' LETRA D '. A morte pode ter um lado benéfico para os homens. Atráves de observações podemos aprender sobre as doençãs e causas das mortes. Também que podemos aprender a viver de uma forma prazerosa.
que lombra esse texto rs.
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