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Q839094 Português

                                  Da morte para a vida


      Um velho professor e médico cardiologista foi abordado pelo jovem aluno: − Mestre, dizem as estatísticas que é altíssima a incidência de mortes por causas cardíacas. O professor respondeu prontamente: − E do que você preferiria que as pessoas morressem? Lembrava ao discípulo, com isso, os limites do homem e da ciência, que fazem frente às aspirações ideais das criaturas, ao seu anseio de imortalidade.

      Sendo inevitável, nem por isso deixa a morte de prestar algum serviço aos vivos. Não, não me refiro à morte dos monstros antropomórficos que volta e meia põem em risco nossa humanidade; falo dos corpos que continuam de alguma forma vivos nos órgãos transplantados, nas aulas de anatomia, corpos que, investigados, ajudam a esclarecer os caminhos da moléstia que os vitimou. Falo dos préstimos que os homens sabem tomar da morte.

      Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para viver melhor. É o que afirmavam os velhos pensadores estoicos, quando lembravam que o bem viver é também a melhor preparação possível para a morte. Lembrarmo-nos sempre de nossa finitude é mais do que uma lição de humildade: é um convite para intensificar o sentido do tempo de que dispomos para seguir na vida. É de Sêneca esta lição: “Vivo de modo que cada dia seja para mim a vida toda; e não me apego a ele como se fosse o último, mas o contemplo como se pudesse também ser o último”.

                                                                 (Anastácio Fontes Ribeiro, inédito

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:
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GABARITO A 

 

 (a)   Não (faltar) a um médico experiente sábias ponderações acerca dos limites implicados em nossa mortalidade. O que é que não faltam a um médico experiente?  PONDERAÇÕES 

 

 (b)   Às lições de Sêneca (dever) dar atenção todo aquele que pretende viver com estoica sabedoria. Colocando na ordem direta fica: todo aquele que pretende viver com estoica sabedoria DEVE DAR atenção às lições de Sêneca.

 

(c)  Até mesmo aos mortos (caber) beneficiar-nos com os indícios que se gravam em seus corpos. NÃO EXISTE SUJEITO PREPOSICIONADO.

 

(d) Mesmo que não (vir) a faltar a certos homens um mais que largo tempo de vida, continuariam se queixando. Difícil essa, acredito que o sujeito seja o termo  um mais que largo tempo de vida, mas de qualquer forma deixarei essa para meus amigos aniversitários! kkkk  

 

(e) (Haver) de melhor aproveitar a vida, é certo, aqueles que não ficarem calculando o tempo que têm para viver. 

D) Mesmo que não (vir) a faltar a certos homens um mais que largo tempo de vida, continuariam se queixando.

 

Acredito que  a concordâcia deveria ser feita com "um mais que largo tempo de vida" . 

- O que não venha a faltar? Um mais que largo tempo de vida

- Não venha a faltar a quem? A certos homens

Reescrevendo a frase:

 

Mesmo que não venha a faltar um mais que largo tempo de vida a certos homens, continuariam se queixando.

 

Acho que é isso...

 

 

Corrijam-me se estiver errado, ok?

a) Sábias ponderações acerca dos limites implicados em nossa mortalidade não faltam a um médico experiente. 

 b) Todo aquele que pretende viver com estoica sabedoria deve dar atenção às lições de Sêneca

 c) Beneficiar-nos com os indícios que se gravam em seus corpos  cabe até mesmo aos mortos 

 d) Mesmo que não viesse a faltar um mais que largo tempo de vida a certos homens, continuariam se queixando.

 e) Aqueles que não ficarem calculando o tempo que têm para viver hão de melhor aproveitar a vida, é certo.

É interessante notar: a FCC SEMPRE faz uma pegadinha invertendo a ordem da oração, já é de praxe.  

Alternativa correta: A. 

 

Resumindo: o erro da D pode ser encontrado na conjungação do verbo "faltar". O correto é faltar ALGO a ALGUÉM: "Mesmo que não (vir) a faltar um mais que largo tempo de vida a certos homens..."

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