O avanço da globalização promoveu mudanças na forma como...

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Q474985 Geografia
    O avanço da globalização promoveu mudanças na forma como os seres humanos relacionam-se com o espaço geográfico. As relações das pessoas com o espaço geográfico também são mediadas pelo acesso diferenciado à renda e à tecnologia. Nesse sentido, os avanços tecnológicos nos transportes e nas telecomunicações alteraram de forma bastante desigual a posição das pessoas no espaço geográfico e a sua inserção na sociedade.

Eustáquio de Sene. Globalização e espaço geográfico. 4.ª ed. São Paulo: editora Contexto, 2012, p. 119 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item que se segue.

A vinculação do keynesianismo ao fordismo, advindo dos problemas de rigidez nos mercados e nos contratos de trabalho, originou um sistema de acumulação que resulta no aumento da competição e no estreitamento das margens de lucro, para tentar manter o direcionamento do mercado e dos contratos de trabalho intactos.
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Alternativa correta: E - errado

Vamos entender por que essa é a alternativa correta e para isso é importante desmembrar alguns conceitos chaves descritos na questão.

A questão aborda o impacto da globalização nas relações com o espaço geográfico, destacando como os avanços tecnológicos em transportes e telecomunicações afetam a posição das pessoas nesse espaço de maneira desigual. Além disso, menciona o papel do acesso à renda e à tecnologia nessa dinâmica.

Para resolver a questão, é preciso entender os conceitos de keynesianismo e fordismo, bem como suas implicações econômicas e sociais.

Keynesianismo: É uma teoria econômica desenvolvida por John Maynard Keynes que defende a intervenção do Estado na economia para garantir a demanda agregada e, assim, promover o crescimento econômico e reduzir o desemprego. O Estado deve gastar mais durante recessões e poupar durante períodos de crescimento para equilibrar a economia.

Fordismo: Refere-se ao sistema de produção em massa desenvolvido por Henry Ford, que combina a produção em larga escala com altas taxas de consumo. Ele é caracterizado pela padronização e eficiência, aumentando a produtividade e reduzindo os custos de produção.

A questão afirma que a vinculação do keynesianismo ao fordismo teria originado um sistema de acumulação que resulta no aumento da competição e no estreitamento das margens de lucro. Este é um ponto crucial.

Na prática, a intervenção keynesiana e o sistema fordista foram implementados no pós-Segunda Guerra Mundial, principalmente nos países desenvolvidos, e resultaram em um período de crescimento econômico robusto e estabilidade. Apenas nas décadas de 1970 e 1980, com a crise do petróleo e a globalização, houve mudanças que levaram ao aumento da competição e à redução das margens de lucro.

Portanto, a afirmação de que a vinculação do keynesianismo ao fordismo resultou no aumento da competição e no estreitamento das margens de lucro está errada. Essas consequências vieram depois, com a crise do modelo fordista-keynesiano e a ascensão do modelo neoliberal.

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Comentários

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A vinculação do keynesianismo ao fordismo, advindo dos problemas de rigidez nos mercados e nos contratos de trabalho, originou um sistema flexivel (just in time) que resulta no aumento da competição e no estreitamento das margens de lucro, para tentar manter o direcionamento do mercado e dos contratos de trabalho intactos.

A questão está incorreta porque não podemos falar que a vinculação do Keynesianismo originou um sistema de acumulação. A Doutrina de John M. Keynes é baseada na análise econômica das relações de renda, acumulação investimento e emprego. Ele percebeu que os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. Quanto maior a renda, maior a porcentagem desta que é poupada. Assim, se a renda agregada aumenta em função do aumento do emprego, a taxa de poupança aumenta simultaneamente; e como a taxa de acumulação de capital aumenta, a produtividade marginal do capital reduz-se, e o investimento é reduzido. Então ocorre um excesso de poupança, em relação ao investimento, o que faz com que a demanda (procura) efetiva fique abaixo da oferta e assim o emprego se reduza para um ponto de equilíbrio em que a poupança e o investimento fiquem iguais. Como esse equilíbrio pode significar a ocorrência de desemprego involuntário em economias avançadas (onde a quantidade de capital acumulado seja grande e sua produtividade seja pequena), Keynes defendeu a tese de que o Estado deveria intervir na fase recessiva dos ciclos econômicos com sua capacidade de imprimir moeda para aumentar a procura efetiva através de déficits do orçamento do Estado e assim manter o pleno emprego. Percebe-se que o Keynisianismo caminha em oposição aos valors neoliberais que norteiam a quarta globalização.

Chutou esta hein Stephanie?! O que John Maynard Keynes tem a ver com just in time?!!

Acho que não há chute, ela simplesmente relacionou, corretamente diga-se de passagem, a importância dos fatores históricos na construção de um novo modelo de produção, uma vez que o modelo "just in time" surge sob o efeito da produção anterior (fordista) e das novas concepções econômicas de Keynes, além de muitos outros fatores.

''no estreitamento das margens de lucro'' já era, errado.

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