“Na escola, com frequência colocavam no acerto um “C” peque...

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“Nós aprendemos com os erros?”

Erro não é para ser punido, é para ser corrigido. O que deve ser punido é a negligência, a desatenção e o descuido. O erro faz parte do processo de acerto, da tentativa de inovação, da procura de construir algo melhor. Ninguém é imune ao erro. A frase clássica “errar é humano” não é uma justificativa, é uma explicação. Ela significa, entre outras coisas, que nós somos, sim, passíveis de errar, mas insisto: o erro não é para ser punido, é para ser corrigido. Corrige-se o erro de modo que quem errou faça direito da próxima vez.

Não haveria inovação na vida humana se o erro não tivesse o seu lugar. Aí se diria: “nós aprendemos com os erros?” Não, aprendemos com a correção dos erros. Se aprendêssemos com os erros, o melhor método pedagógico seria errar bastante, e há erros que são fatais, terminais. Na escola, com frequência colocavam no acerto um “C” pequenininho em azul no meu trabalho, e quando errava, não é que eles colocavam um “E” em vermelho, grandão, valorizando algo que deve ser corrigido, e não punido?

O físico Albert Einstein dizia algo que nos ajuda a refletir: “Tolo é aquele que faz as coisas sempre do mesmo jeito e espera resultados diferentes”. Algumas pessoas rejeitam o lugar do erro. Urge relativizar essa postura, e isso não é querer elogiar o erro, mas admiti-lo no dia a dia.


Texto de Mario Sergio Cortella, retirado do livro “Pensar bem nos faz
bem – filosofia, religião, ciência e educação. Título original: Erro.
“Na escola, com frequência colocavam no acerto um “C” pequenininho em azul no meu trabalho, e quando errava, não é que eles colocavam um “E” em vermelho, grandão, valorizando algo que deve ser corrigido, e não punido?”
Ao se considerar o excerto citado, analise as palavras (ou termos) nas alternativas, sob o viés morfológico e semântico, identificando a que esteja com a classificação correta, na íntegra.
Alternativas

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Vamos analisar a questão apresentada, cujo tema central é a morfologia, ou seja, a análise das formas das palavras e suas funções dentro da frase. A questão pede que você identifique a correta classificação morfológica e semântica de termos específicos no texto.

Alternativa correta: D

A alternativa D diz que o termo “no meu trabalho” exerce a função de adjunto adverbial de lugar. Vamos ver por que isso está certo:

O termo “no meu trabalho” indica onde a ação de "colocar" aconteceu, ou seja, fornece uma informação sobre o local. Em morfologia, chamamos isso de adjunto adverbial de lugar, que é, de fato, a classificação correta para expressões que indicam localidade.

Análise das alternativas incorretas:

A - Os verbos “colocavam” e “errava” estão, na verdade, conjugados no pretérito imperfeito do modo indicativo, e não no pretérito mais-que-perfeito. O pretérito imperfeito é usado para indicar uma ação habitual no passado ou uma ação em curso em determinado momento do passado.

B - A expressão “na escola” não exerce a função de objeto indireto, mesmo sendo precedida de preposição. Objeto indireto completa o sentido de verbos transitivos indiretos, o que não é o caso aqui. A expressão “na escola” atua como um adjunto adverbial de lugar, informando onde algo ocorre.

C - As palavras “pequenininho” e “grandão” são, na verdade, adjetivos que estão no grau diminutivo e aumentativo, respectivamente, e não substantivos. Eles qualificam o tamanho relativo dos substantivos, mas mantêm a função morfológica de adjetivos.

Compreender essas classificações ajuda a entender como cada palavra ou termo cumpre sua função na frase, algo essencial para a análise morfológica.

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