Nessa fábula, o autor recorre à intertextualidade para const...

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Q3061233 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

A árvore do desconhecimento – uma fábula

    No princípio Deus criou as letras e os números. Não satisfeito, no segundo dia criou as palavras e as contas, não aquelas que chegam no fim do mês, pelo correio, mas as de somar e multiplicar, coisa simples ainda. No terceiro dia, Deus criou os verbos, os pronomes e, claro, a regra de três. No quarto dia surgiram as frases e as equações, as sentenças e os números primos. Foi só no quinto dia que Deus se lembrou do palavrão, do Pi e da taxa de juros. Já estava quase tudo pronto. No sexto dia da criação Deus pensou: que adianta tudo isso se não tenho como usar, como mostrar para os outros? Então, à sua imagem e semelhança, Deus criou o Lápis. E no sábado foi descansar. O Lápis era a pura perfeição, forjado no grafite do mais nobre carbono (o mesmo do diamante) e embalado na madeira do melhor cipreste. Apesar disso tudo, no entanto, o Lápis sentiu-se só. Então, para fazer-lhe companhia, Deus criou a Folha de Papel. [...]

(RENOVATO, Jurandir. A árvore do desconhecimento – uma fábula. Fragmento.)
Nessa fábula, o autor recorre à intertextualidade para construir a narrativa. Esse recurso é constituído pela presença de elementos que remetem ao texto bíblico do Gênesis e, por isso, trata-se de uma
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