No 1º§ do texto, ao referir-se às “temáticas acerca do corp...

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Q2301289 Português
         A publicidade e o consumo parecem ser aspectos estruturantes da prática do culto ao corpo. A primeira, por tornar presente diariamente na vida dos indivíduos temáticas acerca do corpo, seja pelas mais avançadas tecnologias ou pelo mais recente chá descoberto, ditando cotidianamente estilos e tendências. A segunda, pelo horizonte que torna o corpo um objeto passível de consumo. A lógica do consumo se faz imperiosa nos modos de relação que estabelecemos com o nosso corpo. Somos permeados pela crença de que podemos consumir desde receitas até próteses perfeitas. O nosso corpo tornou-se extensão do mercado e os produtos de beleza suas valiosas mercadorias.
       Em nosso horizonte histórico percebemos o culto exacerbado do corpo e a perseguição de modelos estéticos estabelecidos socialmente. Falamos de um ideal vinculado pelo social que vende a saúde e a beleza como conjunto de curvas perfeitas, pele sedosa, cabelos lisos e, sobretudo, a magreza. O corpo como mensageiro da saúde e da beleza torna-se um imperativo tão poderoso que conduz à ideia de obrigação. Ser feliz e pleno na atualidade corresponde a conquista de medidas perfeitas, bem como a pele e o cabelo mais reluzente. O corpo ganhou uma posição de valor supremo, seu bem-estar parece ser um grande objetivo de qualquer busca existencial na atualidade.
          As representações sociais do corpo e de sua boa forma aparecem como elementos que reforçam a autoestima e dependem em grande parte da força de vontade, pois, quem quer pode ter um corpo magro, belo e saudável. A aparência de um corpo bem definido e torneado indicaria saúde, revelando o poder que a exaltação e a exibição do corpo assumiram no mundo contemporâneo. A mídia de um modo geral tornou-se, assim, uma importante forma de divulgação e capitalização do que estamos chamando de culto ao corpo.
        Entendemos que os cuidados com o corpo são importantes e essenciais não apenas no que se refere à saúde, mas também ao que se refere ao viver em sociedade. O problema reside na propagação de um ideal inatingível, na culpabilização do indivíduo por não atingir este ideal, no fato de tornarmos as mudanças naturais do corpo, objetos estéticos da medicina, o fato de não entendermos ou ouvirmos as verdadeiras necessidades corporais que temos. Como bem nos diz Sant'Anna (2001, p. 79): não se trata, portanto, de negar os avanços da tecnociência, nem de condená-la em bloco. Mas de reconhecer que o corpo não cessa de ser redescoberto, ao mesmo tempo em que nunca é totalmente revelado.

(DANTAS, Jurema Barros. Um ensaio sobre o culto ao corpo na contemporaneidade. Adaptado. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ index.php/revispsi/article/view/8342/6136.)
No 1º§ do texto, ao referir-se às “temáticas acerca do corpo”, a autora utiliza a seguinte expressão “[...] seja pelas mais avançadas tecnologias ou pelo mais recente chá descoberto, [...]” (1º§) a partir da qual pode-se inferir que:
Alternativas

Comentários

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Primeiro que eu nem entendi o que essa afirmativa quis dizer. segundo que esse examinador deve ter fumado uma pedra.

Não há discriminação quanto à simplicidade ou complexidade da composição do elemento indicado para satisfazer e melhorar aspectos relacionados ao assunto abordado .

txt: não se trata, portanto, de negar os avanços da tecnociência, nem de condená-la em bloco. Mas de reconhecer que o corpo não cessa de ser redescoberto, ao mesmo tempo em que nunca é totalmente revelado.

WTF

GAB. D.

Não dá nem pra entender o que a alternativa D quis dizer.

Na minha opinião não foi esse sentido que a autora quis expressar. Ela quis expressar que hoje em dia a publicidade aborda de muitas formas a temática corpo. Corrijam-me qualquer erro.

"Não há discriminação quanto à simplicidade ou complexidade da composição do elemento indicado para satisfazer e melhorar aspectos relacionados ao assunto abordado."

Examinador da FGV tá com dois empregos agora?

Confuso, mas vamos lá.

O assunto abordado no texto é o culto ao corpo. O 1º parágrafo começa falando do papel da publicidade nesse culto ao corpo ao divulgar as "mais avançadas tecnologias ou o mais recente chá descoberto".

Ou seja, para a publicidade não importa se é uma complexa tecnologia ou um simples chá que faz bem ao corpo, ela vai promover isso.

Isto é, a publicidade não discrimina, não separa, não deixa de promover um elemento que é indicado para melhoria do corpo por ele ser muito complexo ou simples.

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