Analise as informações a seguir: I. “Na Inglaterra as Leis ...

Alternativa correta: C - Apenas uma afirmativa está correta.

A questão aborda temas importantes da História do Brasil, especificamente relacionados às reformas eleitorais e à ampliação do sufrágio. Para resolvê-la, é necessário ter conhecimento sobre:

• As reformas eleitorais na Inglaterra e em outros países durante o século XIX.
• A Lei Saraiva de 1881 no Brasil.
• O contexto eleitoral no Brasil durante a Primeira República.
• A evolução do direito ao voto feminino no Brasil.

Vamos analisar cada uma das afirmativas:

I. "Na Inglaterra as Leis da Reforma de 1867 e 1883 quase duplicaram o eleitorado (...) A Bélgica democratizou estes direitos em 1894 (...); a Noruega dobrou essas cifras em 1898 (...)." O excerto, escrito pelo historiador inglês Eric Hobsbawm, permite concluir que a reforma eleitoral de 1881, conhecida como Lei Saraiva, acompanhou a tendência mundial de ampliação do eleitorado, uma vez que substitui as eleições indiretas pelas eleições diretas para qualquer cargo eletivo.

Esta afirmativa está INCORRETA. A Lei Saraiva de 1881 não estabeleceu eleições diretas para todos os cargos e manteve o voto censitário, ou seja, apenas pessoas que demonstrassem certa renda podiam votar. Portanto, não acompanhou plenamente a tendência mundial de ampliação do eleitorado.

II. Apesar do fim do voto censitário e do estabelecimento do sufrágio universal masculino na Primeira República, o único entrave para a participação massiva do povo nas eleições era a sua apatia cívica e desprezo pelo debate político, como observa o historiador José Murilo de Carvalho, citando crônica de Raul Pompéia sobre a população do Rio de Janeiro, então capital do país: "Em todos os países, disse ele, a capital é o coração do organismo nacional, o centro de vitalidade cívica. Não era assim na capital do Brasil. Quem observa o Brasil diria que ele está morto, pois o espírito público do Rio de Janeiro é um ausente."

Esta afirmativa está INCORRETA. Durante a Primeira República, o sufrágio não era universal masculino. O voto era restrito a homens alfabetizados e excluía grande parte da população, incluindo analfabetos, mulheres e militares de baixa patente. Portanto, havia outros entraves além da apatia cívica.

III. É de amplo conhecimento que o voto feminino no Brasil foi reconhecido no Código Eleitoral de 1932, antes de ser incluído como direito constitucional em 1934. Porém, a primeira participação feminina ocorreu em 1927, no Rio Grande do Norte. O voto das mulheres, no entanto, tornou-se obrigatório apenas em 1965. Só então este direito foi equiparado ao dos homens.

Esta afirmativa está CORRETA. De fato, o voto feminino foi reconhecido no Código Eleitoral de 1932 e incluído na Constituição de 1934. A primeira mulher a votar no Brasil foi em 1927, no Rio Grande do Norte. O voto feminino tornou-se obrigatório com a reforma eleitoral de 1965, equiparando-se ao dos homens.

Portanto, a alternativa correta é a letra C, pois apenas a terceira afirmativa está correta.

Acredito que a única correta é a III

Gabarito: Letra C.

I- ERRADA. A lei Saraiva reduziu o eleitorado, quando comparado com a eleição indireta que veio antes dela.

II- ERRADA. Havia outros entraves que dificultavam a participação do povo, como a grande presença de imigrantes estrangeiros, que reduzia o envolvimento organizado na vida política da cidade, a exclusão de grande parcela da população, a exigência de alfabetização para o direito ao voto, excluindo grande número de pessoas do direito ao voto e das condições de se beneficiar da instrução como instrumento da ação política, sobretudo considerando que a Constituição republicana retirava a obrigação do governo de fornecer instrução primária, o que constava no texto imperial.

III- CORRETA. no Rio Grande do Norte a Lei n. 660/1927 regularizou o direito de voto feminino sem qualquer distinção de sexo para votar ou ser votada. Entretanto, somente em 1965 o voto feminino tornou-se obrigatório.

A questão está incorreta. Houve participação feminina antes mesmo de 1927. Durante o Império a participação feminina em cargos estaduais ocorreu algumas vezes