A família tornou-se central nos programas sociais e, por co...

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Q483251 Serviço Social
A família tornou-se central nos programas sociais e, por consequência, no trabalho profissional do assistente social, a partir da década de 1990.
A concepção de família, presente nesses programas sociais, compreende a família como
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Com base no expresso na Política Nacional de Assistência Social (2004), a matricialidade sociofamiliar presente enquanto um dos eixos que compõe o SUAS (Sistema Único de Assistência Social - 2005) caracteriza a família como central na execução dessa Política. Para a PNAS o conceito de família é muito abrangente e avançado no sentido de que se considera família os grupos unidos por laços afetivos, consanguíneo e/ou de solidariedade. Ou seja, essa Política está antenada com as transformações socioculturais e no âmbito do trabalho e produção que afetam diretamente a composição familiar, tornando possível a existência de distintos arranjos familiares e buscando incluir, qualquer que sejam eles, no seio dessa política. A PNAS compreende que as famílias são o núcleo primário de proteção e socialização dos seus indivíduos, devendo ser essa instância o primeiro local de garantia de direitos, de vínculos afetivos e comunitários. Porém, também é sabido que as famílias para protegerem devem também ser protegidas e cuidadas pelo poder estatal. Assim, cabe também ao Estado propiciar meios para a sobrevivência e garantia de cuidados para essas famílias, não devendo culpabilizá-las pela sua condição e oferecendo alternativas para a sua sobrevivência. Ademais, é importante destacar que as famílias nem sempre são núcleos harmônicos e que em muitos casos apresentam contradições em seu interior, não garantindo a efetivação de direitos de seus membros.


RESPOSTA: E

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A família para muitos é vista como um local sagrado onde se vive na mais perfeita harmonia, sem problemas, ou seja, tendo uma concepção naturalizada da família. Compreende-la como construção social significa desnaturaliza-lá desvelando sua estrutura e organização, conhecer que ela incorpora determinações econômicas, políticas e sociais, que se apresentam em diversas formas e jeitos diferentes de arranjo familiar. A família como instituição social também é alvo de preconceito, discriminação e exclusão social devido a um recorte gênero, etnia, raça, opção sexual ou por portar na família alguma deficiência física ou mental. A principal função social da família é disponibilizar aos seus familiares proteção, cuidado e educação, devido á vários fatores culturais e econômicos a família não consegue atender a tais funções sociais direcionado a ela, estas se tornam demandas para o serviço social que se apresenta ao assistente social por varias situações no decorrer do seu trabalho. A intervenção deve proporcionar a família condições de alcançar a função social, para isso o Projeto ÉticoPolítico tem a direção social, atuando de forma dinâmica às necessidades sociais, buscando respostas políticas por meio de políticas publicas e assim lutar por um ideal; uma sociedade mais justa e igualitária. 

Segundo Szymanski (2002, p.10),

o ponto de partida é o olhar para esse agrupamento humano como

um núcleo em torno do qual as pessoas se unem, primordialmente,

por razões afetivas dentro de um projeto de vida em comum, em que

compartilham um quotidiano, e, no decorrer das trocas intersubjeti-

vas, transmitem tradições, planejam seu futuro, acolhem-se atendem

aos idosos, formam crianças e adolescentes.


Segundo José Filho (2007, p.150, destaque do autor),a família tem que ser entendida enquanto uma unidade em movimento, sendo constituída por um grupo de pessoas que, independente de seu tipo de organização e de possuir ou não laços consanguíneos, busca atender:

• às necessidades afetivo-emocionais de seus integrantes, através do estabelecimento de vínculos afetivos, amor, afeto, aceitação, sentimento de pertença, solidariedade, apego e outros;

• às necessidades de subsistência-alimentação, proteção (habitação, vestuário, segurança, saúde, recreação, apoio econômico);

• às necessidades de participação social, frequentar centros recreativos, escolas, igrejas, associações, locais de trabalho, movimento, clubes (de mães, de futebol e outros).


Fonte: OLIVEIRA, NHD. Recomeçar: família, filhos e desafios. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.



de acordo com: Victória Sabatine , Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social

Com base no expresso na Política Nacional de Assistência Social (2004), a matricialidade sociofamiliar presente enquanto um dos eixos que compõe o SUAS (Sistema Único de Assistência Social - 2005) caracteriza a família como central na execução dessa Política. Para a PNAS o conceito de família é muito abrangente e avançado no sentido de que se considera família os grupos unidos por laços afetivos, consanguíneo e/ou de solidariedade. Ou seja, essa Política está antenada com as transformações socioculturais e no âmbito do trabalho e produção que afetam diretamente a composição familiar, tornando possível a existência de distintos arranjos familiares e buscando incluir, qualquer que sejam eles, no seio dessa política. A PNAS compreende que as famílias são o núcleo primário de proteção e socialização dos seus indivíduos, devendo ser essa instância o primeiro local de garantia de direitos, de vínculos afetivos e comunitários. Porém, também é sabido que as famílias para protegerem devem também ser protegidas e cuidadas pelo poder estatal. Assim, cabe também ao Estado propiciar meios para a sobrevivência e garantia de cuidados para essas famílias, não devendo culpabilizá-las pela sua condição e oferecendo alternativas para a sua sobrevivência. Ademais, é importante destacar que as famílias nem sempre são núcleos harmônicos e que em muitos casos apresentam contradições em seu interior, não garantindo a efetivação de direitos de seus membros.

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