Jéssica, 17 anos, tem sobrepeso e se tornou alvo de chacota ...
Jéssica, 17 anos, tem sobrepeso e se tornou alvo de chacota por parte de colegas de sala, que a tratam por apelidos humilhantes. A coordenação da escola aconselhou Jéssica a relevar as “brincadeiras” e sugeriu que ela se dedicasse mais às aulas de Educação Física. Na saída da escola, Jéssica confrontou uma das colegas, Cristiane, 18 anos, e a agrediu com uma tesoura, causando lesões superficiais em seu braço.
Sobre a aplicação da prática restaurativa nesse caso, é correto afirmar que:
Gabarito comentado
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O objetivo de todas as práticas restaurativas é a satisfação de todos os envolvidos. Busca-se responsabilizar ativamente todos os que contribuíram para a ocorrência do evento danoso, alcançar um equilíbrio de poder entre vítima e ofensor, revertendo o desvalor que o crime provoca. Além disso, a proposta é empoderar a comunidade, com destaque para a necessidade de reparação do dano e da recomposição das relações sociais rompidas pelo conflito e suas implicações para o futuro, como a não reincidência.
A única opção opção de acordo com a justiça restaurativa é a letra "C".
GABARITO: C
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Comentários
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O conceito de Práticas Restaurativas tem sua origem na Justiça Restaurativa. Pode-se dizer, então, que elas são diferentes ferramentas que possibilitam um espaço de diálogo, contribuindo de forma efetiva para a reparação de danos, restauração de vínculos, promoção de responsabilizações, permitindo integração e pacificação comunitária. Portanto, representam uma alternativa para as políticas excludentes.
Quais os fatores fundamentais das Práticas Restaurativas?
As Práticas Restaurativas se fundamentam no diálogo qualificado, restaurativo, apresentando valores e princípios peculiares, objetivando a reflexão, conscientização, responsabilização e reparação do dano causado, bem como a restauração de relações. Podemos considerar, portanto, como fatores fundamentais das Práticas Restaurativas: esperança, compromisso, transparência, credibilidade, respeito, voluntariedade, participação, empoderamento, confidencialidade, honestidade, humildade, solidariedade, humanismo, sentimento comunitário, equilíbrio, interconexão, responsabilidade.
Em que situações as Práticas Restaurativas podem ser usadas?
Mesmo tendo surgido na Justiça Restaurativa, as Práticas Restaurativas podem ser utilizadas com qualquer pessoa ou grupo, independente de faixa etária, em âmbito familiar, comunitário, escolar, ligados a espaços não governamentais ou a políticas públicas como a de Assistência Social, ao Sistema de Justiça e Segurança, ou em âmbito organizacional, inclusive em empresas. Entretanto, no Brasil a maioria das experiências é voltada a crianças e adolescentes em escolas e em espaços de atendimento a adolescentes em conflito com a lei, ligados ao Sistema de Atendimento Socioeducativo. As Práticas Restaurativas podem ser formais e informais, utilizadas em caráter proativo /preventivo ou reativo/ responsivo e contribuem para criar ou restabelecer vínculos e desenvolver o senso de comunidade.
Fonte:
http://www.justicarestaurativa.com.br/portal/index.php/o-que-e-justica-restaurativa/o-que-sao-praticas-restaurativas
Particularmente, subentende-se que a escola ocupa papel fundamental como promotora das práticas restaurativas pois a agressão ocorreu no espaço escolar. Portanto, apesar da letra a não estar errada eu considero incompleta. Logo, letra C.
Gab C
a escola deverá compartilhar as responsabilidades para a superação das causas e consequências do ocorrido;
Uma banca usando vocabulário de forma errada. Popularizou-se usar a palavra "relevar" como deixar pra lá. O que está errado. Relevar quer dizer: dar relevo a, tornar saliente, fazer sobressair.
Que tempos obscuros estamos vivendo... uma vergonha.
O compartilhamento de responsabilidades e obrigações entre ofensa, vítima, famílias e comunidade compreende o enfoque restaurativo, que é a abordagem diferenciada das situações e contexto relacionado.
Além do compartilhamento de responsabilidades e obrigações, o enfoque compreende, também, a participação dos envolvidos, das famílias e das comunidades; e, a atenção ás necessidades legítimas da vítima e do agressor.
A coordenação da escola aconselhou Jéssica a relevar as “brincadeiras” e sugeriu que ela se dedicasse mais às aulas de Educação Física. Logo, a escola se eximiu de sua responsabilida no embate ao bullying/gordofobia.
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