“... não se veem as calçadas das ruas, quando muito vê-se e...
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Ano: 2015
Banca:
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão:
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Prova:
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2015 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Consultor Legislativo - Direito (Manhã) |
Q2055808
Português
Texto associado
Considerar o texto VI para responder a questão.
Texto VI - A arte de andar nas ruas do Rio de
Janeiro
Ele se mudou para o sobrado da chapelaria para
melhor escrever o primeiro capítulo, que compreende,
apenas, a arte de andar no centro da cidade. Não sabe
qual capítulo será o mais importante, no fim de tudo. O
Rio é uma cidade muito grande, guardada por morros,
de cima dos quais pode-se abarcá-la, por partes, com
o olhar, mas o centro é mais diversificado e obscuro e
antigo, o centro não tem um morro verdadeiro; como
ocorre com o centro das coisas em geral, que ou é
plano ou é raso, o centro da cidade tem apenas uma
pequena colina, indevidamente chamada de morro da
Saúde, e para se ver o centro de cima, e assim mesmo parcialmente, é preciso ir ao morro de Santa Teresa, mas esse morro não fica em cima da cidade, fica
meio de lado, e dele não dá para se ter a menor ideia de como é o centro, não se veem as calçadas das
ruas, quando muito vê-se em certos dias o ar poluído
pousado sobre a cidade.
Rubem Fonseca. In: Romance negro e outras histórias. São Paulo: Cia
das Letras, 1992. Página 16. Fragmento.
“... não se veem as calçadas das ruas, quando
muito vê-se em certos dias o ar poluído pousado
sobre a cidade.” O sentido da expressão em
negrito equivale a: